Summary: | Centrando-se na especificidade da educação de infância e seguindo as orientações conceptuais que estruturam a formação inicial de professores este estudo pretende conhecer a forma como os educadores, no momento de estágio, conjugam as orientações teóricas e os modelos que observam na prática. Participaram no estudo dez estagiários e cinco educadores-cooperantes da ESEB. Privilegiaram-se métodos qualitativos de recolha e análise da informação provenientes de entrevistas semiestruturadas e dos portfólios dos educadores-estagiários, triangulando posteriormente os dados. As conclusões explicitam com maior incidência, na socialização dos educadores-estagiários, os seguintes aspectos: (1) Modelo de formação inicial; (2) Processo de integração; (3) Práticas de supervisão. No modelo de formação salientam-se aspectos positivos assim como algumas lacunas. As representações sobre o processo de integração dos educadores-estagiários evidenciam que o início do estágio é um momento de angústia, onde se vivenciam sentimentos de receio, dúvida e incerteza. Assumem-se a dimensão relacional e os contextos como factores influenciadores das acções e comportamentos dos educadores, em situação de estágio. Nas práticas de supervisão parecem coexistir orientações normativas, de distanciamento e colaborativas. Face às relações desencadeadas nos contextos os educadores-estagiários adoptam posturas de submissão, redefinição estratégica, colaboração e procura. Com base nos resultados sugere-se: articulação do modelo de formação com a especificidade da educação de infância; adequação das práticas das educadoras-cooperantes a modelos mais largos de intervenção; mediação supervisiva como suporte na construção de competências profissionais.
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