Falsas memórias numa primeira e numa segunda língua: o papel da valência emocional e da concreteza dos itens críticos

As falsas memórias têm sido amplamente estudadas com recurso ao paradigma DRM numa primeira língua (L1), mas permanecem pouco exploradas numa segunda língua (L2), apresentando resultados mistos. Tal facto poderá dever-se ao modo de construção das listas de palavras, ao tipo de estímulos utilizados e...

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Detalhes bibliográficos
Autor principal: Machado, Patrícia Isabel Moreira (author)
Formato: masterThesis
Idioma:por
Publicado em: 2020
Assuntos:
Texto completo:http://hdl.handle.net/10071/20721
País:Portugal
Oai:oai:repositorio.iscte-iul.pt:10071/20721
Descrição
Resumo:As falsas memórias têm sido amplamente estudadas com recurso ao paradigma DRM numa primeira língua (L1), mas permanecem pouco exploradas numa segunda língua (L2), apresentando resultados mistos. Tal facto poderá dever-se ao modo de construção das listas de palavras, ao tipo de estímulos utilizados e ao nível de proficiência dos participantes em L2. O objetivo do presente estudo foi analisar a produção de falsas memórias em L1 (Português Europeu) e L2 (Inglês) através do paradigma DRM, manipulando a valência emocional e a concreteza dos itens críticos, numa tarefa de reconhecimento, e controlando a força associativa das listas de palavras ao item crítico nas duas línguas, bem como a proficiência dos participantes em L2. Os resultados revelaram que a produção de falsas memórias para o item crítico foi significativamente superior em L1 do que em L2. Verificou-se também que foram produzidas mais falsas memórias para itens críticos de valência emocional do que neutros. A variável concreteza não produziu efeitos significativos na produção de falsas memórias em nenhuma das línguas. Estes resultados são discutidos à luz das teorias explicativas das falsas memórias e das diferenças de processamento entre L1 e L2.