Brincar sem portas na educação de infância: vivências e aprendizagens a partir da exploração do espaço exterior

O desenvolvimento do presente estudo teve como principal intento compreender as brincadeiras e, consequentemente, as aprendizagens que as crianças revelam durante a sua permanência nos espaços exteriores das instituições. No que respeita à abordagem metodológica, o presente estudo rege-se pelos fund...

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Detalhes bibliográficos
Autor principal: Serrão, Ana Beatriz dos Santos (author)
Formato: masterThesis
Idioma:por
Publicado em: 2020
Assuntos:
Texto completo:http://hdl.handle.net/10400.26/33004
País:Portugal
Oai:oai:comum.rcaap.pt:10400.26/33004
Descrição
Resumo:O desenvolvimento do presente estudo teve como principal intento compreender as brincadeiras e, consequentemente, as aprendizagens que as crianças revelam durante a sua permanência nos espaços exteriores das instituições. No que respeita à abordagem metodológica, o presente estudo rege-se pelos fundamentos da metodologia da investigação-ação, que parte da origem da investigação qualitativa seguindo um paradigma interpretativo. O estudo empírico realizou-se em dois estabelecimentos educativos – creche e jardim de infância – e teve a participação de toda a comunidade envolvente, particularmente, as educadoras cooperantes, as auxiliares de ação educativa, o grupo de crianças e as famílias. Para recolher a informação, foram realizadas observações, notas de campo, entrevistas, registos fotográficos e audiovisuais e pesquisa documental. A análise e interpretação de toda a informação recolhida, permitiu compreender que tanto as crianças, como as educadoras cooperantes atribuem ao brincar no exterior uma pertinência incontestável. Com o cruzamento de toda a informação, compreendemos que o brincar influencia o desenvolvimento e a aprendizagem das crianças, sendo que o espaço exterior é um meio privilegiado para desenvolver essas capacidades. Foram ainda implementadas intervenções em ambos os contextos educativos que potencializaram melhorias significativas. Durante o processo interventivo ficou evidenciado que existem aspetos fundamentais como: (i) permitir a possibilidade de momentos de brincadeira; (ii) proporcionar situações de exploração, aliadas a atitudes de observação e curiosidade; (iii) organizar as zonas exteriores das instituições de acordo com o nível de desenvolvimento, permitindo vivências significativas e estimulantes para o seu processo de aprendizagem. Assim, o presente relatório percorre, de uma forma detalhada, todo o percurso traçado ao longo da investigação, mostrando e analisando realidades observadas e vivenciadas nos contextos educativos.