- Tá na hora d'ir pr'á escola!"; "- Eu não sei fazer esta, senhor professor!” ou... Brincar às escolas na escola (JI) como um modo das crianças darem sentido e negociarem as relações entre a família e a escola.

Subscrevendo os pressupostos da Sociologia da Infância pretende-se com este artigo evidenciar a infância contemporânea como sendo construída numa complexa rede de interdependências não lineares e heterogéneas entre a família e instituições educativas, entre adultos e crianças, e as crianças como act...

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Detalhes bibliográficos
Autor principal: Ferreira, Maria Manuela (author)
Formato: article
Idioma:por
Publicado em: 2006
Assuntos:
Texto completo:https://doi.org/10.25755/int.290
País:Portugal
Oai:oai:ojs.revistas.rcaap.pt:article/290
Descrição
Resumo:Subscrevendo os pressupostos da Sociologia da Infância pretende-se com este artigo evidenciar a infância contemporânea como sendo construída numa complexa rede de interdependências não lineares e heterogéneas entre a família e instituições educativas, entre adultos e crianças, e as crianças como actores sociais procurando construir o seu próprio espaço como crianças entre aqueles contextos, no quotidiano de um Jardim de Infância (JI). Considerando o JI como uma instituição educativa que ocupa um posicionamento social “entre” a família e a escola, destinando-se às crianças “entre” as idades que já não são bebés mas ainda não são alunos, procura-se evidenciar e analisar os modos como as relações recíprocas família-escola aqui estão/se tornam presentes i) no enquadramento de tempos-espaços-actividades previamente organizado pelo adulto-educadora para as crianças; ii) nos processos de construção de sentido e negociação das fronteiras conceptuais entre aqueles dois contextos sociais, levado a cabo pelo grupo de crianças quando “brincam ao faz-de-conta". Estes argumentos suportam-se na análise de descrições etnográficas de episódios interactivos entre as crianças, observados no quotidiano do JI.