Resumo: | Ao longo dos séculos, as cidades têm sido polos de mudanças drásticas. Com a passagem entre as diversas modernidades, os centros urbanos foram obrigados a extrapolar os seus limites e alterar os seus modos de gestão e a própria economia. Com a entrada da terceira modernidade dá-se início à polinucleação e a necessidade de adaptação às novas tecnologias da informação e da comunicação torna-se imperativa mesmo nos centros históricos, bem como a implementação de políticas de gestão territorial – municipais e intermunicipais. No caso de Angra do Heroísmo, a primeira cidade no nosso país a ter a classificação de Património Cultural da Humanidade por parte da UNESCO, após o sismo de 1980, a sua expansão para a periferia e a desconexão com a baía são dois fatores que contribuem para o seu abandono populacional. Deste modo torna-se necessário rever a ligação do Centro Histórico com a frente marítima, aplicando políticas de gestão territorial que contribuam para a regeneração urbana e para a revitalização e valorização do património, trabalhando todos os espaços como um só e atraindo a população e o turismo. Só através de uma adaptação constante, rápida e precisa sobre os novos paradigmas será possível encarar e acompanhar os modelos económicos globais e a evolução das cidades. Estes fatores, realçando a insularidade da ilha, fazem sentido integrados numa base de planeamento sustentável e que vá além dos limites do município levando a um pensamento global de desenvolvimento da própria Região Autónoma dos Açores.
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