Summary: | A utilização das Tecnologias da Informação e Comunicação ocupa um lugar cada vez mais importante nas nossas vidas, nas nossas escolas. Os nossos alunos vivem rodeados de sons e imagens onde a tecnologia se encontra presente. A escola, como espaço de construção de saberes, tem de assumir cada vez mais um papel onde os meios tecnológicos estejam integrados contribuindo para o enriquecimento do ensino. Conscientes deste facto e sabendo que o ensino e a aprendizagem devem cada vez mais assentar em processos activos e participativos, incentivando o aluno à descoberta e à construção do próprio saber, desenvolvendo a criatividade e os hábitos de pesquisa, análise e reflexão, não podíamos pensar num estudo que não estivesse inserido fundamentalmente nestes pressupostos. Assim sendo, pretendemos com este estudo verificar até que ponto a audiovideografia (realização de vídeos pelos alunos, passando por todas as fases de concepção produção e realização) pode ser mediadora de novas formas de aprendizagem. Procurámos concretizar um processo de ensino-aprendizagem centrado no aluno como construtor de seu próprio conhecimento. O estudo envolveu uma turma de 27 alunos do 6º ano de escolaridade e enquadrou-se num paradigma qualitativo recorrendo, metodologicamente, ao estudo de caso em ambiente de investigação-acção crítica. O estudo desenvolveu-se na área curricular não disciplinar de Área de Projecto, tendo como instrumentos de recolha de dados: questionário sócio-demográfico e de perfil tecnológico, registo de notas de observação participante, questionário de opinião e grelha de análise dos videogramas. Através da análise dos dados, concluímos que a videografia, além de uma actividade de lazer e entretenimento é uma actividade no processo ensino-aprendizagem de grande potencial educacional promovendo estratégias em que a interacção, a aprendizagem de conteúdos, o desenvolvimento da autonomia e o prazer de aprender colaborativamente são realidades possíveis.
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