Suplementos dietéticos à base de Cochlospermum angolensis Welw.: Atividade antimicrobiana e compostos fenólicos

Cochlospermum angolensis Welw. (borututu) é uma árvore tropical pertencente à família das Cochlospermaceae e amplamente utilizada pelas suas propriedades medicinais, incluindo no tratamento da malária, da icterícia e de doenças hepáticas.1 Neste trabalho, foram caracterizados os compostos fenólicos...

Full description

Bibliographic Details
Main Author: Barros, Lillian (author)
Other Authors: Pereira, Carla (author), Alves, Maria José (author), Pereira, Liliana (author), Santos-Buelga, Celestino (author), Ferreira, Isabel C.F.R. (author)
Format: conferenceObject
Language:por
Published: 2015
Subjects:
Online Access:http://hdl.handle.net/10198/11902
Country:Portugal
Oai:oai:bibliotecadigital.ipb.pt:10198/11902
Description
Summary:Cochlospermum angolensis Welw. (borututu) é uma árvore tropical pertencente à família das Cochlospermaceae e amplamente utilizada pelas suas propriedades medicinais, incluindo no tratamento da malária, da icterícia e de doenças hepáticas.1 Neste trabalho, foram caracterizados os compostos fenólicos presentes em três formulações (infusões, comprimidos e xarope) à base desta planta, utilizando cromatografia líquida de alta eficiência acoplada a detetores de díodos e de espetrometria de massa (HPLC-DAD-ESI/MS). Esses compostos foram relacionados com a atividade antimicrobiana das mesmas formulações contra isolados clínicos de bactérias multirresistentes (Escherichia coli, Escherichia coli produtora de β-lactamases de espectro estendido (ESBLs), Proteus mirabilis, Staphylococcus aureus resistentes à meticilina (MRSA) e Pseudomonas aeruginosa). As infusões e os comprimidos revelaram uma maior variedade de compostos fenólicos, com onze moléculas identificadas. O ácido protocatéquico foi encontrado apenas nas infusões, sendo o composto maioritário, enquanto a (epi)galocatequina-O-galato e a eucaglobulina/globulusina foram as moléculas mais abundantes nos comprimidos e no xarope, respetivamente. O ácido elágico e derivados metilados, a eucaglobulina/globulusina B e a (epi)galocatequina-O¬-galato foram compostos comuns a todas as formulações. As infusões apresentaram propriedades antimicrobianas contra todas as bactérias testadas, com exceção de P. mirabilis, ao passo que os comprimidos apenas revelaram atividade em E. coli ESBLs e MRSA. O xarope não apresentou atividade antimicrobiana, o que está em concordância com o seu baixo teor de compostos fenólicos. Nenhuma das formulações estudadas demonstrou capacidade de inibir o crescimento de P. mirabilis. Atendendo aos resultados obtidos neste estudo, as infusões de C. angolensis podem ser consideradas uma fonte de compostos fenólicos com boas propriedades antimicrobianas.