O Barranco do Farinheiro (Coruche) e a presença campaniforme na margem esquerda do baixo Tejo

O Barranco do Farinheiro corresponde a um conjunto de vários núcleos de ocupação calcolítica situados no rebordo da escarpa mio-pliocénica sobranceira à planície aluvionar do Sorraia. Os trabalhos arqueológicos, incidindo exclusivamente no núcleo 2 (BFR-2), permitiram identificar uma estrutura negat...

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Detalhes bibliográficos
Autor principal: Gonçalves, Victor S. (author)
Outros Autores: Sousa, Ana Catarina (author), Andrade, Marco (author)
Formato: bookPart
Idioma:por
Publicado em: 2018
Assuntos:
Texto completo:http://hdl.handle.net/10451/35069
País:Portugal
Oai:oai:repositorio.ul.pt:10451/35069
Descrição
Resumo:O Barranco do Farinheiro corresponde a um conjunto de vários núcleos de ocupação calcolítica situados no rebordo da escarpa mio-pliocénica sobranceira à planície aluvionar do Sorraia. Os trabalhos arqueológicos, incidindo exclusivamente no núcleo 2 (BFR-2), permitiram identificar uma estrutura negativa com uma sequência de sedimentação bastante interessante. São distinguíveis dois momentos de ocupação/utilização: o primeiro, representado pelos níveis inferiores de colmatação. O segundo, representado pelos níveis superiores, está datado da segunda metade do 3.º milénio a.n.e. Este segundo momento de ocupação/utilização é caracterizado pela presença de cerâmicas decoradas do grupo «folha de acácia», às quais se encontram estratigraficamente associadas cerâmicas campaniformes (lisas e decoradas). Com base nos dados recolhidos no Barranco do Farinheiro, ensaia-se uma tentativa de caracterização das ocupações campaniformes na margem esquerda do baixo Tejo, avançando-se que a escassez de sítios até ao momento registada (contrapondo-se à densa ocupação eliminada na margem direita) poderá ser resultado de contingências arqueográficas, e não propriamente de uma efectiva ausência de ocupação do espaço.