Fiabilidade e associação da depressão e funcionalidade em pessoas idosas institucionalizadas

A depressão é uma condição clínica de elevada prevalência sendo uma das principais causas de incapacidade. O aumento da prevalência deste transtorno mental é notório consoante o avançar da idade, no entanto, a informação sobre a relação entre a depressão e a funcionalidade nas faixas etárias acima d...

Full description

Bibliographic Details
Main Author: Ferreira, Catarina da Costa Rodrigues (author)
Format: masterThesis
Language:por
Published: 2016
Subjects:
Online Access:http://hdl.handle.net/10773/15111
Country:Portugal
Oai:oai:ria.ua.pt:10773/15111
Description
Summary:A depressão é uma condição clínica de elevada prevalência sendo uma das principais causas de incapacidade. O aumento da prevalência deste transtorno mental é notório consoante o avançar da idade, no entanto, a informação sobre a relação entre a depressão e a funcionalidade nas faixas etárias acima dos 60 anos é escassa. Este estudo teve como objetivos caracterizar e analisar a associação entre a depressão e a funcionalidade percebida e objetiva em pessoas idosas institucionalizadas e testar a fiabilidade dos respetivos instrumentos de avaliação aplicados. A amostra foi do tipo não-probabilística por conveniência, constituída por 79 sujeitos institucionalizados na região centro de Portugal (distritos de Aveiro e Viseu). Os instrumentos da recolha de dados foram um questionário sociodemográfico; a Escala de Depressão Geriátrica (EGD); a WHODAS 2.0 – 12 itens; um teste de performance para o membro superior (avaliação da força de preensão da mão direita e da mão esquerda); três testes de performance para o membro inferior (velocidade da marcha, Timed Up & Go test (TUG) e Five – times-sit-to-stand- test (FTSTS)). A média da pontuação total da EDG foi de 5,97 ± 3,29 num máximo de 15, sendo que 60,8% (n=48) dos sujeitos apresentaram sintomas depressivos. A média total da WHODAS 2.0 - 12 itens foi de 30,64 ± 8,98 num máximo de 60, o que é indicativo de limitação funcional moderada. Em relação aos testes de performance para o membro superior, a força de preensão da mão esquerda foi 16,04 ± 6,73 e a da mão direita de 17,17 ± 6,56. No que diz respeito aos testes de performance para o membro inferior, a média da velocidade de marcha foi de 0,44 ± 0,21, no TUG de 20,95 ± 12,75 e no FTSST a média da amostra foi de 19,78 ± 8,94. Todos os instrumentos de avaliação utilizados apresentaram uma fiabilidade excelente para a sua utilização em pessoas idosas institucionalizadas. A depressão surgiu associada à funcionalidade percebida e à força de preensão manual.