Resumo: | A noção de Economia de Partilha como a conhecemos atualmente, facilitou novas formas de consumo sem a necessidade de propriedade e transformou sectores económicos tradicionais. Fortemente impactado por esta mudança, encontra-se o sector dos transportes, que viu nascer as alternativas de mobilidade partilhada. A disponibilização destas novas alternativas aos meios de transporte já existentes, veio consciencializar os indivíduos para a existência de mais opções viáveis de locomoção para realizar um determinado trajeto. Como em Portugal a maioria dos indivíduos utilizam o veículo próprio para viajar, este estudo aplicou um questionário de realização própria a indivíduos da AML, incluindo cenários hipotéticos de mobilidade, com o intuito de perceber a forma como estas alternativas partilhadas têm impactado as decisões de mobilidade dos consumidores e em que circunstâncias é mais provável ocorrer a transferência de mobilidade em veículo próprio para estas alternativas. Para esse efeito, o presente estudo recorreu à análise estatística dos dados e da estimação de modelos estatísticos através da regressão multinomial logit, que permitiu obter as variáveis de maior relevância na decisão do consumidor, como o conforto, e os fatores mais pertinentes do perfil socioeconómico, e, demográfico do inquirido, nomeadamente, os gastos mensais e a idade. Adicionalmente, esta investigação reúne também os cenários em que os consumidores têm maior propensão para escolher as alternativas de mobilidade partilhada em detrimento do veículo privado, tais como, os indivíduos habilitados a conduzir, mas confrontados com o pagamento de quantias elevadas de estacionamento e horários de cumprimento obrigatório no destino.
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