Summary: | Introdução: Trabalhar fora de casa tornou-se uma realidade para a maioria das mulheres. Por vezes torna-se difícil conciliar o aleitamento materno com a atividade laboral e o regresso ao trabalho é um dos motivos apontados pelas mães para o abandono precoce da amamentação. Promover a amamentação é uma prioridade de saúde pública. As atitudes e intervenções dos enfermeiros exercem influência no processo/sucesso da amamentação e no ultrapassar de dificuldades que surgem. Objetivos: Conhecer as medidas promotoras da amamentação que os enfermeiros de cuidados de saúde primários, especialistas em Enfermagem de Saúde Infantil e Pediatria, desenvolvem no sentido de apoiarem as mães que trabalham a continuarem a amamentar e identificar as intervenções promotoras da amamentação desenvolvidas por estes enfermeiros junto das mães, a nível da comunidade, na família, nos locais de trabalho, nas creches e nos seus próprios locais de trabalho. Material e Método: Estudo descritivo, transversal, segundo a metodologia qualitativa, junto de 13 enfermeiros Especialistas em Enfermagem de Saúde Infantil e Pediatria que trabalham em Centros de Saúde de um Agrupamento de Centros de Saúde. Colheram-se dados por entrevista semiestruturada entre Junho e Julho de 2015. No tratamento da informação recorreu-se à análise de conteúdo de Laurence Bardin. Resultados: Os Enfermeiros privilegiam as consultas de enfermagem para promover a manutenção da amamentação após o regresso das mães ao trabalho atuando junto de mães, pais e avós desenvolvendo várias intervenções (cantinhos da amamentação, apoio telefónico, visita domiciliária, ensinos, comemoração da semana mundial do aleitamento materno). Conclusões: A atuação dos Enfermeiros limita-se ao contexto das consultas de enfermagem. Com vista a reduzir o desmame precoce, motivado pelo regresso das mães ao trabalho, há necessidade de alargar as suas intervenções às creches, entidades patronais e sociedade em geral. Bibliografia: Almeida, I.; Pugliesi, Y. & Rosado L. (2015). Estratégias de promoção e manutenção do aleitamento materno baseadas em evidência: revisão sistemática. FEMINA. maio/junho, 43(3), p.97-103. Filipe, M. (2011). Visitação domiciliária: contributos da enfermagem na manutenção da amamentação. Dissertação de Mestrado em Enfermagem de Saúde Pública. Faculdade de Medicina da Universidade de Coimbra. Galvão, D. (2006). Amamentação bem-sucedida: alguns fatores determinantes. Lusociência. Galvão, D. & Silva, I. (2011a). A amamentação nos manuais escolares de estudo do meio do 1º ciclo do ensino médio. Revista de Enfermagem Referência. Série 3 (4), p. 7-16. Galvão, D. & Silva, I. (2011b). Conhecendo as vivências de amamentação da criança brasileira que frequenta o ensino fundamental. Revista Eletrónica de Enfermagem. jul/set; 13(3); p. 377-385. Acedido a 17/02/15. Disponível em: http://www.fen.ufg.br/revista/v13/n3/v13n3a03.htm. Galvão, D. & Silva, I. (2011c). Vivências de amamentação da criança portuguesa em idade escolar. Revista Esc. Enferm. USP. 45 (5), p. 1055-1062. Graça, L.; Figueiredo, M. & Conceição, M. (2011). Contributos da intervenção de enfermagem de cuidados de saúde primários para a promoção do aleitamento materno. Revista Latino Americana de Enfermagem. mar/abr, 19 (2), 9 p. Ordem dos Enfermeiros (2010). Guias orientadores de boa prática em enfermagem de saúde infantil e pediátrica. Cadernos OE. Série I, 1(3). Pedroso, R.; Galvão, D. & Castro, F. (2014). Amamentação em mulheres trabalhadoras e alunas do ensino superior público de Coimbra. International Journal of Developmental and Educational Psychology. 2(1), p. 419-424. Silva, B.; Santiago, L. & Lamonier, J. (2012). Apoio paterno ao aleitamento materno: uma revisão integrativa. Revista Paulista de Pediatria. 30(1), p.122-130. Susin, L.; Giugliani, E. & Kemmer, S. (2005). Influência das avós na prática do aleitamento materno. Revista de Saúde Pública. 39(2), p.141-147.
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