Os licenciados em Portugal: uma tipificação de perfis de inserção profissional

A adequação entre o nível e tipo de formação académica e a situação profissional é um tema presente sempre que se aborda a temática da inserção profissional dos licenciados. Pretende-se, com este artigo, analisar as situações profissionais de diplomados portugueses do ensino superior cinco anos após...

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Detalhes bibliográficos
Autor principal: Ramos, M. (author)
Outros Autores: Parente, C. (author), Santos, M. (author)
Formato: article
Idioma:por
Publicado em: 2014
Assuntos:
Texto completo:https://ciencia.iscte-iul.pt/public/pub/id/17871
País:Portugal
Oai:oai:repositorio.iscte-iul.pt:10071/8103
Descrição
Resumo:A adequação entre o nível e tipo de formação académica e a situação profissional é um tema presente sempre que se aborda a temática da inserção profissional dos licenciados. Pretende-se, com este artigo, analisar as situações profissionais de diplomados portugueses do ensino superior cinco anos após a conclusão da licenciatura, à luz da problemática da inserção e transição profissional. Enquadra-se a relação entre sistema de ensino e mercado de trabalho comparando-se indicadores internacionais que contextualizam o caso português, de modo a discutir os resultados empíricos que caracterizam a situação profissional vivida em 2010 por uma amostra de 1.004 diplomados de duas universidades portuguesas. Definem-se cinco tipos de situações profissionais a partir de técnicas de análise multivariadas e reflete-se sobre os perfis encontrados. Conclui-se que a maioria dos licenciados exerce uma atividade profissional adequada ao seu nível de graduação, com rendimentos salariais, vínculos laborais e horários adequados ao grupo dos especialistas das actividades intelectuais e científicas. Porém, a análise mais fina revela-nos uma configuração hierárquica das situações profissionais num continuum que se organiza desde a inserção frágil à inserção qualificante associada às áreas de formação frequentadas. Os diplomados nas áreas de educação, artes e humanidades ocupam as situações profissionais mais precarizantes, contrastando com a sobrerrepresentação nos empregos mais favoráveis dos licenciados das áreas de saúde, economia, gestão e direito.