Resumo: | Com o envelhecimento demográfico e o aumento da longevidade as sociedades são obrigadas a repensar qual o papel do idoso no século XXI, o que infelizmente nem sempre se verifica, podendo surgir sentimentos de solidão com desajustamento social que urge combater. Objetivo: Estudar a prevalência da solidão em idosos a frequentar uma Unidade de Cuidados de Saúde Primários (UCSP) na Covilhã. Metodologia: Foram estudados 100 idosos que frequentaram a UCSP no município da Covilhã (amostra de conveniência) e que aí residiam. Foi aplicado um questionário para a sua caraterização sociodemográfica e a escala Short Version of The Social and Emotional Loneliness Scale for Adults (SELSA S) para avaliação da solidão. Resultados: Estudaram-se 100 residentes no município da Covilhã, com idades entre os 65 e 86 anos, predominando os grupos etários mais jovens e o sexo feminino (60,0%). Média de idades:72.73±5.60 anos. 54,4% vive com o conjugue (também ele idoso) e 30% vive só. 50,0% diz passear com amigos ou familiares; 49,0 % frequenta centros de convívio ou associações; 47,0% pratica outras atividades e 44,0% passeia sozinha ou trabalha na agricultura. Os inquiridos evidenciaram baixa perceção de solidão social, familiar ou romântica, bem como baixa solidão em termos globais. Não houve diferenças significativas entre os dois sexos. São os mais velhos e os que vivem sozinhos que tendem a percecionar maior solidão, havendo mesmo diferenças significativas nas dimensões social e romântica. Conclusões: Embora os idosos em estudo apresentem uma baixa perceção de solidão são os que vivem sós e os mais velhos, aqueles que mais têm esta perceção. Seria interessante estender este estudo a outras regiões, bem como a outro tipo de população idosa que está a emergir, com maior literacia e com algum domínio das novas tecnologias.
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