Influência da paridade na adaptação da transição para a maternidade em grávidas infectadas pelo VIH e grávidas sem condição médica associada

No presente estudo empírico procuramos explorar a influência da paridade na adaptação na transição para a maternidade de grávidas seropositivas para o VIH e grávidas sem condição médica de risco associada. Noventa e oito mulheres (47 grávidas seropositivas para o VIH e 51 grávidas sem patologia médi...

Full description

Bibliographic Details
Main Author: Pereira, Marco (author)
Other Authors: Canavarro, Maria Cristina (author)
Format: article
Language:por
Published: 2018
Subjects:
Online Access:http://hdl.handle.net/10400.12/6484
Country:Portugal
Oai:oai:repositorio.ispa.pt:10400.12/6484
Description
Summary:No presente estudo empírico procuramos explorar a influência da paridade na adaptação na transição para a maternidade de grávidas seropositivas para o VIH e grávidas sem condição médica de risco associada. Noventa e oito mulheres (47 grávidas seropositivas para o VIH e 51 grávidas sem patologia médica associada) foram avaliadas durante o segundo trimestre de gravidez e dois a quatro dias após o parto. O protocolo de avaliação era composto por uma ficha de dados sociodemográficos e grelhas clínicas e obstétricas, e por instrumentos de auto-resposta, destinados a avaliar a sintomatologia psicopatológica (Brief Symptom Inventory), a reactividade emocional (Emotional Assessment Scale) e a qualidade de vida (WHOQOL-Bref). Os resultados obtidos mostram que, para ambos os grupos, a multiparidade se encontra associada a maiores dificuldades de adaptação na transição para a maternidade, de forma mais acentuada entre as mulheres infectadas pelo VIH. O maior poder discriminativo, em função da paridade, registou-se nos domínios Relações sociais e Ambiente, na faceta geral de qualidade de vida e na dimensão Ansiedade. Ao longo do tempo, a maior estabilidade individual registou-se entre as multíparas dos dois grupos e a menor estabilidade entre as primíparas infectadas pelo VIH. Os resultados do nosso estudo apoiam a existência de diferentes padrões e trajectórias de adaptação das grávidas primíparas e multíparas e, essencialmente, a importância de considerar intervenções diferenciadas para cada um dos grupos.