Perfil, conhecimento e hábitos de consumo de azeite biológico na cidade de Bragança, Portugal

Este estudo tem como objetivos conhecer o perfil do consumidor de azeite biológico na cidade de Bragança, Portugal; descrever os seus hábitos de compra e consumo; e, verificar o nível de conhecimento sobre este produto. Para atingir estes objetivos, desenvolveu-se um estudo transversal, quantitativo...

Full description

Bibliographic Details
Main Author: Ribeiro, Maria Isabel (author)
Other Authors: Fernandes, António (author), Cabo, Paula (author), Matos, Alda (author)
Format: conferenceObject
Language:por
Published: 2014
Subjects:
Online Access:http://hdl.handle.net/10198/9856
Country:Portugal
Oai:oai:bibliotecadigital.ipb.pt:10198/9856
Description
Summary:Este estudo tem como objetivos conhecer o perfil do consumidor de azeite biológico na cidade de Bragança, Portugal; descrever os seus hábitos de compra e consumo; e, verificar o nível de conhecimento sobre este produto. Para atingir estes objetivos, desenvolveu-se um estudo transversal, quantitativo, observacional e descritivo, tendo os dados sido recolhidos através de um questionário aplicado, diretamente, à população da cidade de Bragança, durante o 1º semestre de 2013. Posteriormente, os dados foram tratados com recurso ao software estatístico IBM SPSS 21.0 (Statistical Package for Social Sciences). O tratamento dos dados envolveu o cálculo de estatísticas descritivas, nomeadamente, o cálculo de frequências absolutas e relativas uma vez que as variáveis eram qualitativas ou categóricas medidas através de escalas nominais ou ordinais. O estudo envolveu a recolha de uma amostra aleatória, numa superfície comercial da Grande Distribuição, localizada na cidade de Bragança, constituída por 200 indivíduos (50% do género masculino e 50% do género feminino), tendo a maioria (81,2%) idades compreendidas entre os 18 e os 34 anos. A maioria dos inquiridos (50,5%) pertencia a agregados familiares com 3 e 4 elementos. Do total de respondentes, 46,4% detinha o grau de licenciado e a maioria (65,5%) pertencia à classe média. A maioria dos inquiridos (59,8%) não é consumidora de azeite biológico. Destes, 58,6% pensa vir a consumir azeite biológico no futuro. Quanto ao conhecimento sobre produtos biológicos, 40,4% consideram ser médio. Ou seja, o inquirido faz a distinção entre produtos convencionais e biológicos, mas não consegue dar uma definição. Dos 40,2% que consomem azeite biológico, 60% consome azeite Extra Virgem. Este produto é comprado, a granel, a amigos, familiares ou conhecidos (35%), diretamente ao produtor, no lagar ou na cooperativa (30%); e, em lojas tradicionais (20%). Quanto à frequência de utilização, 41,6% utilizam-no diariamente e 33,8% fazem-no uma vez por semana. A esmagadora maioria (84,2%) considera que se o preço do azeite biológico fosse mais baixo, a procura deste produto aumentaria. Apesar disso, 34,2% está disposto a pagar mais 10% por azeite biológico. O rendimento gasto em produtos biológicos representa, segundo 38,2% dos respondentes que consomem azeite biológico, menos de 10% do total do rendimento do agregado familiar. Tal facto, evidencia o potencial de crescimento do mercado de produtos biológicos uma vez que se trata de consumidores exigentes, que auferem rendimentos acima da média e que se preocupam com a saúde. O estudo do comportamento do consumidor revela que o fator saúde prepondera sobre o fator ecológico. No entanto, no esforço de comunicação com o consumidor, as empresas produtoras de produtos biológicos devem apostar não só no fator saúde mas também no desenvolvimento de uma maior consciência ecológica dos consumidores.