Estudo exploratório sobre a auto perceção da competência intercultural de profissionais de intervenção social e comunitária: relação com as variáveis sociodemográficas e de formação

O presente estudo teve como objetivo explorar a relação das variáveis sociodemográficas e de formação com a auto perceção da competência intercultural dos profissionais de intervenção social e comunitária. O estudo teve como ponto de partida o modelo tridimensional da competência intercultural de Su...

Full description

Bibliographic Details
Main Author: Lamúria, Ana Rute Calaim (author)
Format: masterThesis
Language:por
Published: 2014
Subjects:
Online Access:http://hdl.handle.net/10071/7044
Country:Portugal
Oai:oai:repositorio.iscte-iul.pt:10071/7044
Description
Summary:O presente estudo teve como objetivo explorar a relação das variáveis sociodemográficas e de formação com a auto perceção da competência intercultural dos profissionais de intervenção social e comunitária. O estudo teve como ponto de partida o modelo tridimensional da competência intercultural de Sue e colaboradores (1992), modelo este composto pela consciência, conhecimento e competências práticas, bem como o estudo de Obegi e Ritblatt (2005). O questionário usado para medir a competência intercultural foi desenvolvido por Moleiro e colegas para o contexto da população portuguesa – Cultural and Individual Diversity Competences Inventory (CIDCI-Técnicos), tendo sido já aplicado a técnicos de intervenção comunitária anteriormente (Pinto & Moleiro, 2013). Foram aplicados questionários a uma amostra de 166 profissionais, sendo que 95 estavam inseridos no contexto de trabalho na intervenção direta com a comunidade e família (e.g., programa escolhas, IPSS) e 71 no contexto do sistema de proteção de menores (e.g., CPCJ’s, CAT’s). Os principais resultados demonstraram que não houve diferenças na auto perceção entre os dois grupos de contextos profissionais, e as variáveis com uma relação positiva na auto perceção dos profissionais foram a formação e a leitura de livros/artigos específicos no contexto da diversidade cultural. Verificou-se que não há correlação significativa da competência intercultural com as variáveis idade e anos de trabalho nem diferenças significativas com sexo e nacionalidade. São discutidas recomendações e implicações para a formação de profissionais, bem como a sua avaliação.