Os jardins do Palácio de Cristal e as fontes d’art

As mudanças ocorridas no séc. XIX, século que conheceu um florescente desenvolvimento científico e cultural, transformaram as estruturas económicas e sociais da Europa influenciando o mundo. Uma das grandes apostas daquele século, cuja palavra-chave era o progresso, foi a utilização do ferro que pas...

Full description

Bibliographic Details
Main Author: Peixoto, Paula Torres (author)
Format: article
Language:por
Published: 2013
Subjects:
Online Access:http://hdl.handle.net/11067/469
Country:Portugal
Oai:oai:repositorio.ulusiada.pt:11067/469
Description
Summary:As mudanças ocorridas no séc. XIX, século que conheceu um florescente desenvolvimento científico e cultural, transformaram as estruturas económicas e sociais da Europa influenciando o mundo. Uma das grandes apostas daquele século, cuja palavra-chave era o progresso, foi a utilização do ferro que passou a substituir muitos dos materiais existentes até então. De forma tímida e muitas vezes oculto, o ferro foi-se afirmando até se impor nos vários espaços. O êxito das primeiras estátuas fundidas levou a que escultores de nomeada colaborassem com os fundidores, criando-se modelos a serem reproduzidos em ferro fundido destinados a serem moldados em série para decorarem quer exteriores (de jardins públicos e privados), quer interiores de residências, sobretudo de uma burguesia triunfante e em plena ascensão, interessada na qualificação moderna do habitar e no cultivo das artes. No Porto, a construção do Palácio de Cristal (1865-1951) e os seus jardins são reveladores da abertura da cidade ao progresso e às novidades. As variadas esculturas que, ainda hoje, embelezam estes espaços, têm as marcas de consagradas fundições artísticas francesas da época. As fontes d’art (termo francês para as peças artísticas em ferro fundido) espalham-se por entres as cores, aromas e beleza destes jardins. (Paula Torres Peixoto)