| Summary: | Este estudo, na sequência do trabalho de Merriman (2012), remete para a pertinência dos programas de intervenção focados na autoeficácia de crianças e jovens sobredotados e surge na linha das conclusões de estudos (e.g. Turki & Al-Qaisy, 2012) que apontam para a existência de uma relação entre os problemas de ajustamento psicológico de indivíduos sobredotados (Baker, 2004; Bahia & Trindade, 2012; Garcia-Santos, Almeida & Cruz, 2012; Miranda, 2014; Rocha, Almeida, Cruz, Fonseca, & Félix, 2014; Lehman & Erdwins, 2004; Salgado, Almeida, Silva & Martins, 2011) e a autoeficácia. Foi realizado um estudo na Associação Nacional para o Estudo e Intervenção na Sobredotação (ANEIS), no qual se averiguou o impacto na autoeficácia percebida em crianças e jovens sobredotados após a frequência de um Programa de Competências Pessoais Sociais e Emocionais (PCPSE). Foi aplicada a Escala Multidimensional da Autoeficácia Percebida (EMAEP), versão portuguesa adaptada por Odília Teixeira (2008), em dois momentos (pré e pós frequência do PCPSE), o que possibilitou a avaliação dos níveis de autoeficácia com o programa acima mencionado. Este estudo apresenta dados inovadores no que reporta à relação da autoeficácia com a sobredotação, pois assinala que os programas centrados no desenvolvimento de competências pessoais, sociais e emocionais, não têm influxo na autoeficácia percebida de crianças e jovens sobredotados. Como principal implicação desta investigação, destacamos a relevância dos programas de desenvolvimento de competências pessoais, sociais e emocionais no ajustamento e bem-estar psicológico de crianças e jovens sobredotados e o interesse de potenciar-se o acompanhamento especializado e permanente a estes indivíduos.
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