As «marcas de oleiro» na terra sigillata de Vale de Tijolos (Almeirim) e as dinâmicas comerciais no Ager Scallabitanus durante o Principado

O sítio rural romano de Vale de Tijolos surge-nos mencionado por diversas vezes (Henriques, 1982, 1987; Quinteira, 1996, 1997), estando referenciado com o CNS 3110. Conhecido através de uma vasta dispersão superficial de vestígios cerâmicos, vítreos, metálicos e numismáticos, desconhece-se para já q...

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Detalhes bibliográficos
Autor principal: SIlva, Rodrigo Banha da (author)
Outros Autores: Pimenta, João (author), Mendes, Henrique (author)
Formato: bookPart
Idioma:por
Publicado em: 2018
Assuntos:
Texto completo:http://hdl.handle.net/10451/30552
País:Portugal
Oai:oai:repositorio.ul.pt:10451/30552
Descrição
Resumo:O sítio rural romano de Vale de Tijolos surge-nos mencionado por diversas vezes (Henriques, 1982, 1987; Quinteira, 1996, 1997), estando referenciado com o CNS 3110. Conhecido através de uma vasta dispersão superficial de vestígios cerâmicos, vítreos, metálicos e numismáticos, desconhece-se para já qualquer estrutura. No Centro de Estudos Arqueológicos de Vila Franca de Xira encontra-se depositada uma colecção de materiais arqueológicos proveniente do sítio rural romano de Vale de Tijolos, de que se seleccionaram para esta apresentação as «marcas de oleiro» na terra sigillata, 26 exemplares na sua maioria muito fragmentários. Estão representadas impressões efectuadas em fabricos de modo itálico, tardo-itálicos pisanos, sud-gálicos de La Graufesenque e hispânicos setentrionais, bem ilustrativos da elevada capacidade de aprovisionamento e da diversidade do fornecimento de que o local dispôs entre finais do séc. I a.C. e as primeiras décadas do séc. II d.C. O balanço diacrónico do conjunto de «marcas de oleiro» permitiu esboçar o perfil de importações de Vale de Tijolos, e contrastar os dados com os com a mesma natureza do outro importante sítio rural de Azeitada e do centro redistribuidor regional correspondente à cidade de Scallabis (Silva, 2012), reavaliando os perfis regionais de consumo da terra sigillata nesta zona nevrálgica do Baixo Tejo português.