Summary: | A dissertação inicia-se por uma introdução relativa ao aparecimento dos caminhos de ferro, no contexto mundial e nacional, reproduzindo resumidamente a história da evolução das vias férreas, desde o seu inicio até aos dias de hoje. Este trabalho faz uma apresentação da constituição da via-férrea, dividindo-a em infraestrutura e superestrutura ferroviária. Dos trabalhos relativos à infraestrutura, esta dissertação está mais direcionada em definir a constituição da subestrutura ferroviária, identificando as várias camadas existentes, causas para a sua degradação, bem como uma das soluções mais utilizadas neste tipo de via, no caso, a aplicação de geossintéticos como reforço da subestrutura. Em relação à superestrutura, são descritos os três tipos possíveis de conceção de vias-férreas; nomeadamente a via balastrada, via não balastrada, e vias mistas. No capítulo da superestrutura ferroviária depois da apresentação de cada material constituinte das vias férreas são descritas as suas patologias e os diferentes métodos de dimensionamento de cada componente. São apontadas algumas vantagens e desvantagens da solução tradicional, em via balastrada, em comparação com a via não balastrada. Através da Norma Europeia ENV 13803-1 de 2007, são descritos neste relatório os diferentes parâmetros de traçado que têm de ser cumpridos, aquando da fase de projeto, relacionados com a segurança e o conforto. São também apresentadas as principais ações exercidas pelos comboios sobre a via-férrea, bem como o método de cálculo. De modo a complementar o estudo realizado sobre a via-férrea, são identificados, nesta dissertação, os diferentes aparelhos de mudança de via existentes, bem como a sinalização utilizada na Rede Ferroviária Portuguesa. A qualidade da geometria da superestrutura ferroviária é um fator importante na determinação da velocidade e das condições de segurança da circulação das composições ferroviárias. De modo a verificar e manter essa geometria de via é necessário realizar inspeção e manutenção na via-férrea.
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