Summary: | Resumo: A presente dissertação, tem como base o estudo específico de uma das vertentes da Arquitetura Militar, em particular os fortes militares construídos após e durante os vinte e oito anos da Guerra da Restauração Portuguesa (1640-1668). A singularidade deste conjunto de fortes, que deixaram de ter a sua função primordial de defesa da costa, transformaram-se em espaços devolutos a partir do século XX, que resultou na perda do valor histórico e patrimonial que tinham até então. É, assim, imprescindível caraterizar os vários conceitos que se encontram subjacentes a esta temática, nomeadamente a tipologia, o papel dos engenheiros militares, a relação com a linha de costa e, essencialmente, os motivos que levaram à sua construção, tal como a época que foram alvo de operações de manutenção e conservação e, consequentemente, quando foram abandonados. Atualmente, os valores associados à sua função deixaram de existir, no entanto os restantes valores associados à história, contexto, arquitetura, tipologia e materialidade mantêm-se, importando conservá-los, valorizá-los e transmiti-los às gerações vindouras. A investigação debruça-se na caraterização destas fortificações, identificação dos seus valores e definição de uma metodologia de intervenção que os proteja e valorize. Escolhemos como caso de estudo o Forte de São João Baptista, em Esposende, com a pretensão de devolver-lhe o passado que está posto em causa atribuindo-lhe uma nova função que ajude a interpretar e conservar aquela estrutura com a finalidade de dar a conhecer à comunidade a importância que este Património tem nos dias de hoje, bem como outras fortificações, que se encontram inseridas na mesma história e no mesmo contexto, de modo a que exista uma valorização de um território, de uma identidade e de uma paisagem tão marcante.
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