Clientelas e artistas em Guimarães nos séculos XVII e XVIII

Nos séculos XVII e XVIII realizaram-se inúmeras encomendas artísticas na vila e termo de Guimarães. Essas obras de arte, resultantes de encomendas pontuais ou integradas em profundos projectos decorativos, traduzem a importância económica, política, religiosa, demográfica e artística de Guimarães. M...

Full description

Bibliographic Details
Main Author: Oliveira, António José de (author)
Format: doctoralThesis
Language:por
Published: 2011
Subjects:
Online Access:http://hdl.handle.net/10216/63198
Country:Portugal
Oai:oai:repositorio-aberto.up.pt:10216/63198
Description
Summary:Nos séculos XVII e XVIII realizaram-se inúmeras encomendas artísticas na vila e termo de Guimarães. Essas obras de arte, resultantes de encomendas pontuais ou integradas em profundos projectos decorativos, traduzem a importância económica, política, religiosa, demográfica e artística de Guimarães. Memória da passagem de cónegos da Colegiada, priores e prioresas conventuais, de juízes de irmandades e de ordens terceiras, de provedores da Misericórdia, de vereadores da Câmara e do mecenato do arcebispo D. José de Bragança, esses espécimes contam-nos histórias de ostentação, de gosto e até de rivalidades. Simultaneamente, os derradeiros anos do século XVII e a centúria seguinte, a morfologia urbana da vila de Guimarães sofre alterações significativas, particularmente no levantamento e remodelação de edifícios religiosos e civis, de infraestruturas urbanas e abastecimento de água. Nesse período, a atividade arquitetónica em Guimarães desenvolveu- se em três grandes áreas: imóveis construídos de raiz; conclusão de programas construtivos anteriores; e acrescentamento de estruturas barrocas nos edifícios medievais. Como cliente preferencial, aparece-nos a Igreja, para quem através do Cabido da Colegiada, das instituições monásticas, Confrarias, Irmandades, Ordens Terceiras e de D. José Bragança, os artistas expandiam a maior parte da sua atividade e das suas oficinas. Todos estes encomendadores favoreceram a laboração de destacados mestres pedreiros, carpinteiros, entalhadores, douradores, pintores, ourives e organeiros oriundos do noroeste de peninsular, que exerceram a sua actividade em Guimarães, para onde foram chamados para dar corpo a empreitadas de maior ou menor envergadura, para as quais a clientela reivindicava qualidade e prestígio. [...]