Summary: | O trabalho na agricultura com pessoas portadoras de defici?ncia ? uma boa forma de fomentar sinergias, onde ? poss?vel ter diversos tipos de trabalho, combinado com as rotinas di?rias. Por outro lado, tem sido demonstrado que a horticultura social e terap?utica tem benef?cios relacionados com uma maior autoestima, capacidades sociais, reabilita??o, inclus?o, responsabilidade, sa?de e realiza??o pessoal. Trabalhar num ambiente natural traz diversas sensa??es, atrav?s da perce??o dos seus ritmos di?rios, de esta??o ou outros. Os ritmos que a natureza proporciona e a forma como eles influenciam as pessoas, nomeadamente pessoas com algum tipo de dificuldade, foi um dos principais objetivos que orientou o presente trabalho. O trabalho foi desenvolvido na Associa??o de Pais e Amigos dos Diminu?dos Mentais de Penafiel (APADIMP), onde se organizaram dois grupos de oito clientes cada um, o grupo A com atividades dentro de sala na ?rea de montagem de componentes el?ctricos e o grupo B com atividades na ?rea da agricultura (social). Para o estudo, organizaram-se duas atividades, duas sess?es de sala antes e depois da realiza??o de duas sa?das de campo no final do inverno e no final do ver?o. As sess?es de sala destinaram-se a percepcionar a sensibilidade dos clientes em rela??o ? natureza e aos seus ritmos. As duas atividades decorreram separadamente para cada um dos grupos de clientes e foram presenciadas por dois t?cnicos da APADIMP, nas sess?es de sala e por quatro t?cnicos nas sa?das de campo. No final de cada sess?o, registaram as pontua??es (1 a 5) atribu?das aos diferentes benef?cios espec?ficos do tipo f?sico, intelectual, emocional e social. Os principais resultados indicaram que o grupo B (agricultura) se mostrou mais concentrado nas mudan?as/ritmos da natureza que fazem parte do seu dia a dia e demonstrou um maior reconhecimento do facto de fazermos parte da natureza. Para este grupo B foram demonstrados benef?cios f?sicos superiores em rela??o ao grupo A, particularmente nos elementos do grupo com maior grau de defici?ncia, assim como, para estes, maiores benef?cios intelectuais e sociais. Para todos os restantes benef?cios avaliados, ou os atributos foram semelhantes para os grupos A e B, ou foram superiores no grupo de clientes A com maiores capacidades, o que se poder? atribuir a dificuldades da pr?pria metodologia, que se sugere ser melhorada. No futuro, ser? importante transpor os benef?cios da horticultura social e terap?utica para pessoas com dificuldades, no sentido de compreender quando (melhor altura do dia/semana/m?s ou da esta??o do ano), como (quais as atividades mais motivadoras) e durante quanto tempo, de forma a contribuir para que estes benef?cios possam chegar a um maior n?mero de pessoas portadoras de defici?ncia.
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