Resumo: | O voluntariado tem um papel muito importante nas economias ocidentais. As falhas do sistema da Economia do Bem-estar, e o crescimento das necessidades sociais relacionadas com a alteração das relações sociais e das estruturas familiares estão a criar novas necessidades sociais e a tornar as actuais cada vez mais complexas. O voluntariado tem assumido um papel importante na redução desses problemas. O valor acrescentado produzido pela atividade de voluntariado tem crescido nos últimos anos e a percentagem de voluntários também tem aumentado. Portugal não constitui uma excepção nesta matéria, embora os indicadores de voluntariado sejam relativamente baixos. O voluntariado representa neste momento nos países da Europa entre 1% a 2 % do Produto Interno Bruto segundo muitos investigadores. A medição do valor económico do voluntariado é bastante difícil e constitui um desafio extremamente interessante para os investigadores. A questão à partida é a correta definição de voluntariado. Na Europa não existe consenso a propósito desta definição. Por outro lado existem dois tipos de voluntariado: o voluntariado formal e o informal. Enquanto o voluntariado formal (trabalho dentro das instituições) é mais fácil de apurar, o apuramento do valor do voluntariado informal, (entreajuda e apoio na comunidade), constitui um problema. Este trabalho irá apresentar a valorização do trabalho dos voluntários dentro de uma organização que trabalha com jovens, ou seja, o Corpo Nacional de Escutas. Vai ser valorizado portanto o trabalho voluntário formal. A valorização deste trabalho foi feita tendo por base os inquéritos distribuídos entre o fim de 2011 e o início de 2012, em todo o País. A metodologia usada foi a FTE (Full Time Equivalent) e foram utilizados dados sobre o valor do trabalho/hora de diferentes tipos de trabalho, extraídos do inquérito ao trabalho fornecido pelos serviços do ministério do trabalho atualizados a 2012.
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