Resumo: | Vários trabalhos têm sido publicados sobre a composição mineral dos vinhos. Dos elementos mais estudados, destacam-se cobre e ferro (em vinhos e aguardentes) e sódio unicamente nos vinhos. No presente trabalho, as determinações analíticas destes metais, foram realizadas por Espetrofotometria de Absorção Atómica (EAA) por chama, em Vinho da Madeira e Rum da Madeira (este último pela primeira vez). As implementações das metodologias da OIV apresentaram uma boa linearidade (R2> 0,999), alta sensibilidade e precisão (boa repetibilidade e reprodutibilidade). As taxas de recuperação foram próximas dos 100 %. Uma vez validada e analisada a aplicabilidade das metodologias nas duas matrizes em estudo, foram estudadas as variações nos teores dos elementos referidos acima em amostras de Vinho da Madeira (41 amostras) e Rum da Madeira (34 amostras) com base em três parâmetros. Os resultados obtidos por EAA foram também comparados com os resultados por colorimetria para o cobre e ferro em Vinho da Madeira. No Vinho da Madeira observou-se que apenas um dos produtores tem registos superiores ao limite máximo recomendado pela OIV para o cobre e sódio. O grau de doçura dos vinhos e a idade são variáveis a ter em consideração, sendo que vinhos mais doces e com um envelhecimento mais prolongado, são os que apresentam maiores teores de cobre, ferro e sódio. Nas amostras de Rum da Madeira, a concentração de cobre é cerca de três vezes superior à do ferro, sendo as amostras de Rum da Madeira Natural aquelas que mais contribuem para esta situação. A nível do processo de maturação em casco, ambos os metais registam tendência crescente, mais significativa nos primeiros anos de envelhecimento. A comparação dos resultados por EAA e por colorimetria em Vinho da Madeira demonstram que os valores quantificados são tendencialmente superiores na colorimetria para os dois elementos em análise.
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