A sociologia enquanto campo de profissionalização

Partindo dos trabalhos de Costa (1988, 1993, 2004 e 2018), e assumindo a sociologia nas suas três componentes - formação, ciência e profissão - procurou-se compreender como se configuram os campos de profissionalização da Sociologia, refletindo acerca da institucionalização e reconhecimento dos papé...

Full description

Bibliographic Details
Main Author: Silva, Sara Franco da (author)
Format: masterThesis
Language:por
Published: 2020
Subjects:
Online Access:http://hdl.handle.net/10071/19335
Country:Portugal
Oai:oai:repositorio.iscte-iul.pt:10071/19335
Description
Summary:Partindo dos trabalhos de Costa (1988, 1993, 2004 e 2018), e assumindo a sociologia nas suas três componentes - formação, ciência e profissão - procurou-se compreender como se configuram os campos de profissionalização da Sociologia, refletindo acerca da institucionalização e reconhecimento dos papéis e práticas profissionais dos sociólogos e analisando em que medida os mesmos estão enquadrados por um enunciado de princípios éticos e deontológicos que devem guiar a sua conduta profissional, cuja monitorização é regulada pela associação profissional (APS, 1992). Os principais objetivos deste trabalho assentaram, num primeiro eixo, na caracterização de papéis, práticas e contextos de profissionalização dos diplomados em Sociologia, atendendo às relações entre formação e atividade profissional; e, num segundo eixo, na caracterização da cultura profissional dos sociólogos, configurada e moldada pelas relações que os mesmos estabelecem entre a ssociologia-ciência e a sociologia-profissão. Passaram já cerca de 45 anos desde a institucionalização da primeira oferta formativa em Sociologia. Como é demonstrado neste estudo, desde então o campo de oferta formativa alargou-se ao todo nacional, concluíram a sua formação e integram o mercado de trabalho alguns milhares de diplomados na área. Ora, nestas condições, porque persistem hesitações quanto à possibilidade de profissionalização da ciência sociológica em contextos fora da academia? Em que medida a sociologia enquanto formação produz um corpo de especialistas com competências e capacidades específicas? Podemos falar num campo de profissionalização dos sociólogos?