Comunicação e mudança organizacional : uma investigação interpretativista sobre a relevância das neurociências para a eficácia de uma mudança organizacional

Hoje, mais do que nunca, devido à situação de pandemia que o país e o mundo, no geral, estão a viver, a sociedade e as organizações estão a ver-se obrigadas a mudar e a adaptar-se, da noite para o dia, a esta nova forma de viver, com a presença de uma pandemia que chegou sem data prevista para termi...

Full description

Bibliographic Details
Main Author: Oliveira, Tânia Alexandra Marçal de (author)
Format: masterThesis
Language:por
Published: 2022
Subjects:
Online Access:http://hdl.handle.net/10400.14/37264
Country:Portugal
Oai:oai:repositorio.ucp.pt:10400.14/37264
Description
Summary:Hoje, mais do que nunca, devido à situação de pandemia que o país e o mundo, no geral, estão a viver, a sociedade e as organizações estão a ver-se obrigadas a mudar e a adaptar-se, da noite para o dia, a esta nova forma de viver, com a presença de uma pandemia que chegou sem data prevista para terminar. Muitas foram as pessoas e as empresas que rapidamente se adaptaram e reinventaram, fazendo de tudo para garantirem a sua permanência no mercado. Contudo, foram também muitas as pessoas e as organizações que não se conseguiram adaptar e ajustar a este novo hoje e, por esta mesma razão, estão a passar por uma fase menos boa e muitas viram-se mesmo obrigadas ou a colocar colaboradores em lay-off, ou mesmo a ter de fechar as portas. Esta investigação começou a ser realizada ainda do despoletar desta pandemia, no entanto, antes dos tempos que hoje se vivem, conceitos como mudança organizacional e neurociências eram já conhecidos e muito estudados. De dia para dia, estes termos, juntamente com os de comunicação e liderança têm tido papéis cada vez mais importantes e impactantes, positivamente, nos líderes, nos colaboradores e nas organizações. Uma vez que as empresas de hoje estão constantemente a mudar e a inovar, de modo a poderem continuar ativas no mercado, os líderes e os colaboradores têm de ter uma certa abertura e o mindset de que, hoje, mudar, inovar, reinventar, adaptar e ajustar são dos principais verbos para a sobrevivência das organizações atuais. Contudo, por um lado, muitas não sabem como fazê-lo, muitos líderes não sabem liderar eficazmente os seus colaboradores, no que toca, neste caso, à aceitação e adoção de uma mudança. Por outro lado, muitos colaboradores continuam com pouca abertura e recetividade para mudarem o seu mindset e olharem para as várias mudanças, como algo benéfico para si e para a organização no seu todo. Neste sentido, é importante perceber de que forma é que os líderes podem ser ajudados, neste tipo de contextos, para, posteriormente, poderem ajudar, ao máximo, os seus colaboradores, garantindo o sucesso da implementação de uma determinada mudança – é, não só, mas também aqui que as neurociências desempenham um papel fundamental e positivamente impactante. Deste modo, e com base no quadro acima apresentado, esta investigação interpretativista tem como principal objetivo explorar a relevância das neurociências e das suas descobertas mais recentes para o desenho, a implementação e a eficácia das mudanças organizacionais. Com a ajuda dos métodos quantitativo e qualitativo, das respostas obtidas através de um inquérito por questionário, aplicado a colaboradores de diversas empresas, e das entrevistas realizadas a líderes, a uma neurocientista e a uma coach e psicóloga, foi possível explorar como é que, pelo menos, estes líderes e colaboradores gerem, a nível individual e coletivo, a implementação de uma mudança organizacional e como é que esta gestão pode ser feita, de uma forma mais simples e eficaz, com a ajuda das neurociências. Os resultados obtidos, através de ambos os métodos, permitiram concluir que as neurociências – mais concretamente, o conhecimento mais aprofundado do cérebro humano, por parte do líder e dos seus liderados; uma boa autogestão e autocontrolo emocional; a existência de uma comunicação transparente e diária; e, ainda, um envolvimento, uma partilha e uma relação de confiança, cooperação e proximidade – todos estes fatores contribuem, sem dúvida, para uma melhor implementação de uma mudança organizacional e, consequentemente, para uma melhor aceitação e adoção desta, por parte de cada colaborador e, claro, do próprio líder