Caracterização da aparência ecográfica de lesões esplénicas em relação ao seu diagnóstico histopatológico em cães

As patologias esplénicas são doenças comummente diagnosticadas em canídeos e apresentam manifestações clínicas inespecíficas, sendo necessário recorrer a exames complementares de diagnóstico, como a ecografia abdominal e a citologia. O objetivo do presente trabalho foi caracterizar uma população de...

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Detalhes bibliográficos
Autor principal: Silva, Ana Margarida Bernardo da (author)
Formato: masterThesis
Idioma:por
Publicado em: 2022
Assuntos:
Texto completo:http://hdl.handle.net/10437/12788
País:Portugal
Oai:oai:recil.ensinolusofona.pt:10437/12788
Descrição
Resumo:As patologias esplénicas são doenças comummente diagnosticadas em canídeos e apresentam manifestações clínicas inespecíficas, sendo necessário recorrer a exames complementares de diagnóstico, como a ecografia abdominal e a citologia. O objetivo do presente trabalho foi caracterizar uma população de canídeos esplenectomizados e a aparência ecográfica das suas lesões esplénicas de modo a determinar a capacidade de diferenciar lesões benignas de malignas. Para tal, avaliou-se a imagem ecográfica de 19 canídeos em comparação com o seu diagnóstico histopatológico, descrevendo-se também o resultado citológico em 8 animais, A maioria das lesões encontradas foram benignas (12/19), sendo a hiperplasia nodular o diagnóstico histopatológico mais frequente, seguido do hematoma e hemangiossarcoma esplénico. A ecografia obteve uma sensibilidade de 85,71%, especificidade de 41,67%, valor preditivo positivo de 54,55%, valor preditivo negativo de 83,88% e uma acuidade de 57,89%. Estes resultados permitem inferir que a ecografia é um exame útil para detetar patologias esplénicas malignas, no entanto pode apresentar um elevado número de resultados falsos positivos. Não foi possível avaliar a performance diagnóstica da citologia devido ao reduzido número de casos, mas foi possível observar uma concordância total entre os resultados obtidos na citologia e na histopatologia em 62,5% dos casos (5/8). Em suma, a aparência ecográfica das lesões esplénicas foi variável e não permitiu estabelecer um padrão para diferenciar as alterações malignas de benignas. A ecografia e a citologia, quando utilizadas em conjunto, permitem obter informações importantes para definir o plano de tratamento.