| Resumo: | O transtorno de videojogos entende-se como o uso persistente e recorrente de videojogos, frequentemente com outros jogadores, que prejudica seriamente a qualidade de vida do indivíduo, surgindo frequentemente relacionado com o distress psicológico e a impulsividade. Devido à escassez de estudos no contexto nacional, o presente estudo visa explorar o papel preditivo do distress psicológico e da impulsividade no transtorno de videojogos, numa amostra de jovens e adultos portugueses. A amostra foi constituída por 267 sujeitos, com idades compreendidas entre os 18 e os 40 anos que preencheram um Questionário Sociodemográfico, a Escala de Transtorno de Videojogos, as Escalas de Ansiedade, Depressão e Stress e a Escala de Impulsividade de Baratt. Não foram encontradas diferenças significativas na escala de Transtorno de Videojogos em função do sexo, ainda que as pontuações médias sejam superiores no sexo masculino; não foram encontradas correlações estatisticamente significativas entre o Transtorno de Videojogos e a idade, ainda que os jovens adultos apresentam maiores pontuações na escala de TVJ. A depressão, a ansiedade e o stress foram positivamente associadas com o transtorno de videojogos. Verificou-se a existência de uma correlação positiva entre o número de horas despendidas a jogar e o Transtorno de Videojogos. A impulsividade correlaciona-se positivamente com o TVJ. Estes resultados, ainda que meramente exploratórios, dão conta da relação existente entre o distress psicológico, a impulsividade, o tempo despendido a jogar e o transtorno de videojogos na população portuguesa, enfatizando a necessidade do estudo aprofundado da temática considerando as suas implicações nos dias de hoje.
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