Resumo: | Introdução: A exposição solar intensa durante as primeiras décadas de vida relaciona-se com o foto-envelhecimento cutâneo e o desenvolvimento de cancro da pele. Dados do Registo Oncológico Nacional de 2008 apontam para 8,2 novos casos de melanoma por 100.000 habitantes por ano e 1,2 novos casos de cancro de pele não-melanoma. Os pais devem responsabilizar-se pela sua fotoproteção e fomentar hábitos saudáveis nas crianças, sendo importante evitar ou diminuir o tempo de exposição solar. O objetivo deste trabalho é avaliar os conhecimentos e hábitos dos cuidadores relativamente à proteção solar das crianças/adolescentes, e comparar com diferentes variáveis, na consulta externa e serviço de urgência de Pediatria do Centro Hospitalar Entre Douro e Vouga. Método: Estudo transversal com cuidadores de crianças/ adolescentes, no qual foi aplicado um questionário, com pergun- tas sobre dados socioeconómicos e conhecimentos e hábitos sobre a proteção solar. Foram utilizadas tabelas de frequência e testes qui-quadrado, sendo considerado estatisticamente significativo um valor de p<0,05. Resultados: Foram questionados 249 cuidadores de crianças/adolescentes, com média de idades de 9,49 anos. O período do dia de maior exposição solar foi após as 16 horas (52%). Até três horas por dia foi o tempo de exposição solar diário mais relatado (68% na criança/adolescente e 64% no cuidador). Quanto ao uso de protetor solar, 92% das crianças/adolescentes e 85% dos cuidadores, responderam afirmativamente, com diferenças estatisticamente significativas (p Conclusão: Neste trabalho verificou-se que a prevenção e o acompanhamento multidisciplinar são de grande importância, abrangendo, também, a saúde dos cuidadores. A multidisciplinaridade entre os cuidados de saúde primários e a Pediatria torna-se fulcral, para que a prevenção funcione. Como médicos, devemos estar atentos para esta realidade, devendo ser mais eficientes do que qualquer outro meio.
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