Resumo: | Tendo como base as conclusões resultantes do estudo sobre a cobertura jornalística parlamentar das questões da paridade, propõe-se aqui um exercício complementar de observação do modo como o jornalismo tem interiorizado, na sua retórica discursiva, o papel da liderança política no feminino. Dez anos depois da aprovação da Lei da Paridade, num quadro que coloca a meritocracia no centro do debate, interessa-nos, a título de exemplo, verificar como foi criada e de que valores foi investida a “personagem” da recentemente eleita líder partidária Assunção Cristas, e com base em que argumentos são sustentados. Será que o jornalismo incorpora os valores da paridade na representação dessa liderança? Há uma retórica de resistência ou de mudança?
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