Summary: | Neste trabalho de investigação procurou-se determinar qual o contributo do poder espacial na estratégia das pequenas potências, colocando especial atenção no caso português. Como campo de observação, foram escolhidas as pequenas potências europeias, tendo sido selecionada uma amostra de quatro estados: Bélgica, Dinamarca, Irlanda e Portugal. A observação da amostra contemplou três aspetos: o contributo do poder espacial nas vertentes política, económica e de segurança. Depois de analisados vários indicadores, tais como o número de satélites, estações de terra, orçamentos para o setor espacial, tratados assinados e declarações políticas, foi possível verificar que existem diferenças na forma como o abordam, embora todos estes países procurem dispor de poder espacial. Enquanto Dinamarca e Portugal já enviaram satélites para o espaço, Irlanda e Bélgica nunca o fizeram. Verificou-se, também, assimetria nos orçamentos dedicados ao espaço, em valor absoluto, em percentagem do PIB e per capita, destacando-se a Bélgica, ao investir mais de cinco vezes o que Irlanda ou Portugal investem neste setor. Observou-se, ainda, que atualmente Portugal e Irlanda efetuam todo o seu esforço para o espaço exclusivamente no âmbito da sua participação na Agência Espacial Europeia, enquanto a Bélgica e a Dinamarca mantêm programas espaciais nacionais. Através da análise da exploração que cada uma das quatro pequenas potências faz do poder espacial nas vertentes política, económica e de segurança, foi possível responder à questão central “Qual o contributo do poder espacial na estratégia das pequenas potências europeias?”, afirmando-se que o poder espacial das pequenas potências europeias contribui para a sua estratégia, permitindo que se tornem mais assertivas nas relações internacionais, permitindo condicionar ou influenciar terceiros através de tratados internacionais, promovendo conhecimento que se traduz em desenvolvimento tecnológico e competitividade para o tecido empresarial e facultando acesso a produtos relevantes no âmbito da segurança, nomeadamente ao nível do controlo de fronteiras, poluição marítima, informações e alerta precoce de conflitos. Abstract: This research work aimed to determine the contribution of space power to the small powers strategy, placing special emphasis on the Portuguese case. The small European powers were chosen as a field of observation, having been selected a sample of four states: Belgium, Denmark, Ireland and Portugal. The sample observation included three aspects: and security. After analyzing several indicators such as the number of satellites, ground stations, budgets for the space sector or signed treaties and agreements, it was observed that although all these countries seek to have space power, there are differences in the way as they address space. While Denmark and Portugal have already sent satellites into space, Ireland and Belgium never did. Asymmetry was also observed in the budgets devoted to space, both in absolute terms and as a percentage of GDP and per capita. In this respect, Belgium shows up, investing more than five times that Ireland or Portugal. It was also observed that Portugal and Ireland currently perform all their effort into space exclusively through its participation in the European Space Agency, while Belgium and Denmark also have national space programs. By analyzing in detail the way that each of the four states use space power in the political, economic and security field, it was possible to answer the central question "What is the contribution of space power to the space power of european small powers contribute to its strategy enabling small powers strategy?" by staling that space power of european small powers contribute to its strategy enabling small powers to become more assertive in international affairs, enabling the ability to influence others through international treaties and agreements, promoting knowledge which then translates into technological development, competitiveness to companies and providing access to relevant products on security, particularly in terms of border control, maritime pollution, information and early warning of conflicts.
|