Lobistas, assessores de imprensa e relações-públicas norte-americanos que serviram o Estado Novo (1942-1974)

Em 1938, o Congresso norte-americano aprovou a Lei de Registo de Agentes Estrangeiros (Osgood, 2002, p. 245), vulgarmente denominada FARA [Foreign Agents Registration Act], que obrigava todas as empresas e agentes nos EUA que trabalhassem para governos ou empresas estrangeiras a entregarem uma decla...

Full description

Bibliographic Details
Main Author: Ribeiro,Vasco (author)
Format: article
Language:por
Published: 2019
Subjects:
Online Access:http://scielo.pt/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S2183-54622019000200006
Country:Portugal
Oai:oai:scielo:S2183-54622019000200006
Description
Summary:Em 1938, o Congresso norte-americano aprovou a Lei de Registo de Agentes Estrangeiros (Osgood, 2002, p. 245), vulgarmente denominada FARA [Foreign Agents Registration Act], que obrigava todas as empresas e agentes nos EUA que trabalhassem para governos ou empresas estrangeiras a entregarem uma declaração anual relativa à sua atividade ao Departamento de Justiça. Foi através destes registos que pudemos verificar que, para além da Casa de Portugal de Nova Iorque, o regime português registou, entre 1938 e 1974, um conjunto de cinco entidades/indivíduos que prestaram serviços de comunicação, articulados com o Secretariado Nacional de Informação (SNI) e o escol do Estado Novo, com o objetivo de tentar moldar a opinião pública norte-americana. Propomos, assim, um estudo longitudinal diacrónico, no qual tentaremos descrever e interpretar a atuação destes agentes propagandistas na promoção da imagem do país, do regime e dos seus mais altos dirigentes - Salazar e, posteriormente, Marcello Caetano.