Comparação de duas Técnicas de Radioterapia de Intensidade Modulada no tratamento do cancro da próstata

Objectivo: A Radioterapia de Intensidade Modulada (IMRT) é uma técnica que teoricamente permite prescrever doses de radiação mais elevadas, com doses mais baixas aos órgãos críticos quando comparada com a radioterapia tridimensional conformacionada (3D-CRT). O objectivo deste trabalho foi comparar d...

Full description

Bibliographic Details
Main Author: Monteiro, Armanda G. Carvalho Reis (author)
Format: other
Language:por
Published: 2017
Subjects:
Online Access:http://hdl.handle.net/10400.22/9929
Country:Portugal
Oai:oai:recipp.ipp.pt:10400.22/9929
Description
Summary:Objectivo: A Radioterapia de Intensidade Modulada (IMRT) é uma técnica que teoricamente permite prescrever doses de radiação mais elevadas, com doses mais baixas aos órgãos críticos quando comparada com a radioterapia tridimensional conformacionada (3D-CRT). O objectivo deste trabalho foi comparar duas técnicas de intensidade modulada no tratamento do cancro da próstata, analisando a dose nos órgãos críticos e nos volumes alvo. Material e Métodos: Foram seleccionados 10 doentes com cancro da próstata de risco intermédio ou alto risco, com indicação para irradiação da próstata e gânglios pélvicos, tratados entre Junho e Dezembro de 2014 no Centro Hospitalar São João (CHSJ). Em todos os doentes foram delineados os órgãos críticos e os volumes de tratamento: - PTV1: próstata + vesículas seminais + região ganglionar; - PTV2: próstata + vesículas seminais; Para o PTV1 foram realizados dois planos, um com a técnica de intensidade modulada com planeamento inverso (IP- IMRT) e outro com a técnica de intensidade modulada de planeamento directo (FP-IMRT). A comparação das técnicas baseou-se na avaliação dos histogramas dose volume para o PTV1, V65 da bexiga, V60 do reto e V15 do intestino de acordo com a ICRU 83 e a QUANTEC. Resultados: A análise dos Histograma Dose Volume (HDV) demonstrou uma superioridade da IP-IMRT em relação à FP-IMRT que se traduz numa melhor conformidade das isodoses ao PTV com uma redução das doses nos órgãos críticos, no entanto a maior parte dos valores dos doentes em estudo (8) da FPIMRT estavam de acordo com a ICRU 83 e a QUANTEC. Conclusão: Os resultados obtidos estão de acordo com a literatura. Nos Serviços que não possuem IP-IMRT a introdução da Técnica de FP-IMRT na rotina do tratamento do cancro da próstata em substituição da Técnica 3DCRT deve ser uma prioridade e não uma hipótese.