| Resumo: | A presente investigação enquadra-se na análise da perceção das dificuldades durante o teletrabalho, o desempenho/competências aplicadas e a intenção de permanecer em teletrabalho futuramente, abordada a partir da perspetiva das diferentes gerações que integram hoje o mercado de trabalho. Tendo um carater misto, esta investigação comporta dois estudos. O estudo1 utiliza uma metodologia quantitativa, detendo de uma pesquisa estruturada, que procura quantificar dados, aplicar uma análise estatística e obter resultados que recomendem um curso final de ação (Gil, 2008). O estudo 2 utiliza uma metodologia qualitativa, nomeadamente, entrevista semiestruturada de cariz biográfico e perceções de cada participante, que foram distribuídos por três grupos geracionais: Geração Baby Boomers, Geração X e Geração Millenials. Em conjunto, os dois estudos pretendem responder à escassez de investigação sobre a problemática do teletrabalho, mais especificamente, em Portugal. Os resultados demonstraram algumas diferenças nas perceções e desafios que as gerações tiveram durante o período de pandemia (i.e., dificuldades nos acessos à internet; dificuldades na comunicação com colegas de trabalho; dificuldade nas condições de trabalho) e as diferentes estratégias que passaram a adotar em teletrabalho (i.e., conter competências tecnológicas; articulação entre as tarefas domésticas e tarefas profissionais; estratégias organizacionais), permitiu especialmente obter a uma visão comparativa entre gerações, que revelaram que as principais diferenças relacionadas com fases do ciclo de vida e competências especificas à geração. Por fim, apresentam-se algumas implicações práticas dos resultados obtidos, assim como as limitações e sugestões para futuras investigações.
|
|---|