A coexistência da autonomia e da autoridade em contexto organizacional: a perceção de chefias intermédias

A relação entre a autonomia e a autoridade em contexto organizacional é complexa: se por um lado se espera que os indivíduos desempenhem as suas funções com autonomia, por outro élhes pedido obediência à autoridade em que estão alocados. Complexidade que ganha relevo pela inquestionável existência d...

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Detalhes bibliográficos
Autor principal: Silva, Maria de Fátima Gonçalves Pereira (author)
Formato: masterThesis
Idioma:por
Publicado em: 2020
Assuntos:
Texto completo:http://hdl.handle.net/10071/20746
País:Portugal
Oai:oai:repositorio.iscte-iul.pt:10071/20746
Descrição
Resumo:A relação entre a autonomia e a autoridade em contexto organizacional é complexa: se por um lado se espera que os indivíduos desempenhem as suas funções com autonomia, por outro élhes pedido obediência à autoridade em que estão alocados. Complexidade que ganha relevo pela inquestionável existência de ambas (co-existência), devido ao respetivo contributo positivo para a organização. O presente estudo explorou o modo como cada um dos fenómenos é valorizado por pessoas que são simultaneamente indivíduos que exercem autoridade e indivíduos que estão sujeitos à autoridade, mas que beneficiam de bastante autonomia. O recurso à pesquisa qualitativa, com entrevista a 15 pessoas que exercem no seu dia-a-dia profissional a função de chefia intermédia, permitiu identificar as dimensões do trabalho que os entrevistados enquanto autoridade esperam que os seus subordinados desempenhem com autonomia, mas também, e em particular, as dimensões/circunstâncias em que a autoridade é, mais do que aceite, desejada pelos entrevistados enquanto subordinados autónomos. Rompendo com a abordagem mais frequente na literatura, que parte do pressuposto da existência de um conflito entre autonomia e autoridade, o estudo clarificou que os indivíduos que exercem autoridade esperam que os seus subordinados usem a sua autonomia para adequar as várias dimensões do seu trabalho à dinâmica da organização. Por sua vez, os subordinados autónomos desejam que as chefias exerçam a sua autoridade, sobretudo, em situações de incerteza, de conflito, ou em situações sensíveis.