Resumo: | Os humanos orientam a sua atenção preferencialmente para os estímulos ou situações que sinalizam o perigo. A comunicação através dos sinais químicos entre os animais encontra-se bem estabelecida na literatura. Nos humanos, são poucas as evidências que mostram que os sinais químico-sensoriais de ansiedade potenciam a deteção de estímulos visuais ameaçadores. Neste estudo pretendemos verificar se os odores de ansiedade potenciam a deteção das expressões faciais, sobretudo de expressões com cariz emocional negativo (raiva e nojo). Os participantes (75) realizaram uma tarefa de pesquisa visual onde se apresentavam conjuntos de expressões faciais emocionais (alegria, raiva, nojo). A tarefa dos participantes implicava detetar de modo rápido e preciso a presença (ou ausência) destas expressões, apresentadas entre estímulos neutros (expressões faciais neutras). Os resultados revelaram que os odores de ansiedade parecem não facilitar o processamento de faces com valências emocionais negativas (raiva e nojo). Porém, as mulheres, quando expostas a odores de ansiedade, acertaram mais vezes para as faces masculinas quando comparada com as faces femininas.
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