Desenvolvimento de Nanopartículas de Hidroxiapatite dopada com Ferro para Hiperter-mia Magnética

O cancro é uma doença alvo de inúmeros estudos por parte da comunidade científica que visam o seu diagnóstico precoce e um tratamento eficiente. Um complemento eficaz é o tratamento do tumor, neste caso, ósseo, através de hipertermia magnética. Como a composição química e mineral da hidroxiapatite (...

Full description

Bibliographic Details
Main Author: Martins, Paula Sofia Costa (author)
Format: masterThesis
Language:por
Published: 2018
Subjects:
Online Access:http://hdl.handle.net/10362/27913
Country:Portugal
Oai:oai:run.unl.pt:10362/27913
Description
Summary:O cancro é uma doença alvo de inúmeros estudos por parte da comunidade científica que visam o seu diagnóstico precoce e um tratamento eficiente. Um complemento eficaz é o tratamento do tumor, neste caso, ósseo, através de hipertermia magnética. Como a composição química e mineral da hidroxiapatite (HAp) se assemelha bastante ao componente mineral do osso, este é um potencial candidato para a cirurgia de reparação óssea, e a sua dopagem pode ser vantajosamente usada para melhorar o seu comportamento biológico. Posto isto, a presente dissertação visa desenvolver e caracterizar nanopartículas de HAp pura e com diferentes quantidades de iões ferro (Fe3+) incorporadas, com aplicabilidade em hipertermia magnética e regeneração óssea. A fórmula química das amostras pretendidas é (Ca10-xFex)(PO4)6(OH)2, com x = 0; 0,25; 0,5; 1; 2; 3 e 5, e o método de síntese é um processo simples denominado sol-gel com sinterização a 600C, 700C e 800C. Neste estudo as partí-culas sintetizadas de tamanho nanométrico são caraterizadas por diversas técnicas com o intuito de avaliar o efeito da temperatura de sinterização e do mecanismo de dopagem na estrutura da HAp. Além disso, são analisadas as propriedades magnéticas e a resposta tér-mica destas partículas e é provado o seu comportamento não-citotóxico através de testes de viabilidade celular. As análises de difração de raios-X (DRX) e de espetroscopia de infravermelhos por transformada de Fourier (FTIR) revelam que as nanopartículas desenvolvidas possuem um limite de solubilidade de x = 1, pois acima desta quantidade de Fe na estrutura da HAp há a deteção de fases secundárias. O que sugere que apenas existe dopagem da rede cristalina para x  1. Além disso, os ensaios de hipertermia magnética realizados indicam que as quan-tidades de Fe incorporadas na estrutura da HAp não são suficientes para gerar a temperatu-ra necessária à redução do tumor ósseo. No entanto, as partículas mostraram grande poten-cialidade na medida em que apresentam um comportamento superparamagnético, tal como pretendido.