Resumo: | As alterações geopolíticas, tal como o processo de globalização juntamente com os avanços científicos e tecnológicos obrigam da mesma forma os estados a alterar os respetivos sistemas de segurança e defesa. A globalização entendida como uma transformação que conduz a um mundo mais interdependente, além de constituir um fator de progresso, tende a produzir, também, realidades potencialmente perigosas.Pela proliferação de acontecimentos com incidência à escala planetária, vive-se numa comunidade única de destino, a designada Sociedade de Risco Global, na qual se destacam, entre outros, o progresso das tecnologias de informação e o terrorismo global. Neste período de transformações relevantes de vária índole, as Forças Armadas (FA) portuguesas têm adaptado a sua organização às novas exigências nacionais e internacionais, “racionalizando” as respetivas estruturas, os procedimentos de atuação e construindo a profissionalização. No conjunto das atribuições da Defesa, as FA têm assumido o compromisso da presença em diversas missões internacionais no cumprimento do contributo nacional para uma ordem internacional mais segura e justa.Decorrente desta problematização, este trabalho pretende mostrar ao leitor a necessidade de uma estratégia integrada civil e militar para cumprimento do Conceito Estratégico de Defesa Nacional (CEDN), a qual requer, por parte das FA, a otimização das informações de segurança e militares para a eficaz avaliação das áreas da escala geopolítica de prioridades e o apetrechamento dos ramos em recursos humanos, recursos materiais e condições de treino e planeamento, necessidades não compagináveis com o cenário de mitigação orçamental com que as FA se confrontam.
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