Impacto do EEG Ambulatório de 24 Horas na abordagem clínica a doentes com suspeita de Epilepsia

Introdução: O eletroencefalograma constitui a técnica gold-standard para avaliar a atividade cortical epileptógenea. No entanto, a sua sensibilidade revela-se baixa nas modalidades de registo de curta duração, sendo que, neste contexto, a utilização do EEG Ambulatório de 24 horas (EEGa) veio permiti...

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Detalhes bibliográficos
Autor principal: Batista, Carla (author)
Outros Autores: Borges, Daniel Filipe (author), Coelho, Paulo (author), Ferreira, Axel (author), Pereira, Telmo (author), Conde, Jorge (author)
Formato: conferenceObject
Idioma:por
Publicado em: 2020
Assuntos:
Texto completo:http://hdl.handle.net/10400.26/32554
País:Portugal
Oai:oai:comum.rcaap.pt:10400.26/32554
Descrição
Resumo:Introdução: O eletroencefalograma constitui a técnica gold-standard para avaliar a atividade cortical epileptógenea. No entanto, a sua sensibilidade revela-se baixa nas modalidades de registo de curta duração, sendo que, neste contexto, a utilização do EEG Ambulatório de 24 horas (EEGa) veio permitir uma maior capacidade diagnóstica, enquanto registo prolongado, a custos controlados. Objetivo: Analisar o impacto do EEGa na avaliação de doentes com suspeita de epilepsia, através da sua sensibilidade e especificidade para esse diagnóstico clínico. Secundariamente, a) avaliar a sensibilidade em função da distância temporal à última crise, b) averiguar se existe relação entre a presença de atividade paroxística e lesão, c) avaliar o follow-up dos doentes e d) determinar possíveis fatores preditivos. Material e Métodos: Estudo observacional retrospetivo de uma amostra contínua dos pacientes com suspeita de epilepsia que realizaram EEGa entre maio de 2011 e maio de 2018 no Laboratório de Neurofisiologia da Unidade Local de Saúde de Matosinhos. Resultados: Amostra de 83 indivíduos, com idade média de 44.5 anos (79 adultos e 4 pediátricos). A sensibilidade foi de 97% e especificidade de 73% para o diagnóstico de epilepsia, com uma taxa de falsos positivos e falsos negativos de 5% e 7%, respetivamente. Conclusões: O EEGa deve ser um estudo neurofisiológico a considerar mais frequentemente na prática clínica, almejando um diagnóstico mais precoce de epilepsia ou contrariando este, designadamente nos casos em que os exames de primeira linha sejam normais e a convicção clínica permaneça. A brevidade obtida para o diagnóstico evita as expectáveis e demais consequências.