Resumo: | Na segunda metade da década de 1990, os grupos juvenis de Luanda começaram a transformar-se em gangues de rua, que exercem actividade marginal em espaços geográficos predeterminados. O artigo examina as causas da delinquência juvenil na capital angolana, apresentando ainda as características e a forma de actuação dos gangues de rua. Os integrantes dos gangues têm consciência da actividade marginal que desenvolvem e da forma como essa actividade é socialmente condenada. Utilizando a teoria da rotulagem, o autor conclui que, uma vez rotulado como delinquente, o jovem é socialmente estigmatizado e socialmente levado a assumir esse rótulo, reincidindo na prática desviante e mantendo-se no grupo.
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