Síndrome da Apneia Obstrutiva do Sono Fisiopatologia, Epidemiologia, Consequências, Diagnóstico e Tratamento

A síndrome da apneia obstrutiva do sono (SAOS) é uma condição caracterizada por obstruções repetidas das vias aéreas superiores que resultam, frequentemente, em dessaturação de oxigénio e despertares do sono. A hipersonolência diurna é uma manifestação clássica da SAOS mas outros sintomas tais como...

Full description

Bibliographic Details
Main Author: Pereira,Adão (author)
Format: article
Language:por
Published: 2007
Subjects:
Online Access:http://scielo.pt/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0871-34132007000400006
Country:Portugal
Oai:oai:scielo:S0871-34132007000400006
Description
Summary:A síndrome da apneia obstrutiva do sono (SAOS) é uma condição caracterizada por obstruções repetidas das vias aéreas superiores que resultam, frequentemente, em dessaturação de oxigénio e despertares do sono. A hipersonolência diurna é uma manifestação clássica da SAOS mas outros sintomas tais como sono não reparador, capacidade de concentração diminuída e fadiga são frequentemente referidos. Outras consequências da respiração anormal durante o sono incluem disfunção neurocognitiva, desenvolvimento de doenças cardiovasculares, disfunção metabólica e redução da qualidade de vida. A SAOS é mais comum nos homens obesos com mais de 40 anos e nas mulheres obesas após a menopausa. Os factores de risco para a SAOS incluem a obesidade, hipertrofia das amígdalas e/ou das adenóides e anomalias craniofaciais como, por exemplo, a retrognatia e a micrognatia. A maioria dos doentes com SAOS são obesos e a obesidade é conhecida como um factor de risco crucial. As opções terapêuticas incluem a perda de peso quando a doença está relacionada com a obesidade e outras medidas gerais (abstenção de bebidas alcoólicas e de fármacos com efeitos sedativos, e cessação dos hábitos tabágicos). A aplicação por via nasal de uma pressão positiva de ar (CPAP) é o meio mais eficaz no tratamento de todos os sintomas da SAOS, qualquer que seja o seu grau de gravidade. O tratamento cirúrgico deve ser entendido como um último recurso e em casos seleccionados.