Summary: | A evolução da modalidade nem sempre tem como fundamento os diversos estudos realizados. Por vezes surgem alterações regulamentares que induzem essa mesma evolução, tal como aconteceu na viragem e partida do estilo de bruços com a alteração da regra SW 7.4 da FINA4. Em virtude da alteração regulamentar, entendeu-se pertinente realizar um estudo comparativo dos diferentes trajectos subaquáticos após viragem (com e sem pernada de golfinho), analisando as duas execuções técnicas à velocidade máxima, de forma a caracterizar as diferenças entre elas e as possíveis vantagens de cada uma. Contrariamente ao que inicialmente esperaríamos, na execução com pernada a VhCM foi menor. Com base nos resultados obtidos, verificamos que essa diferença poderá dever-se às variações angulares da bacia (ângulo formado pelo tronco e coxa), representadas pela variável Ampli.Ângulo, a qual foi a única a apresentar valores com diferenças estatisticamente significativas entre as diferentes execuções. A amplitude angular revelada nos trajectos sem pernada não oscila mais que 3,94º±1,92º. Por sua vez a execução com pernada causa variações médias na ordem do 15,5º±4,40º. A estas variações angulares estará associada a perda da posição hidrodinâmica fundamental, um aumento da superfície frontal de contacto e a consequente diminuição da velocidade de nado.
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