Summary: | A inclusão de crianças com Necessidades Educativas Especiais (NEE) tem sido uma problemática abordada por inúmeros investigadores ao longo dos tempos nas suas diferentes dimensões. Atualmente, o enfoque coloca-se na discussão de como proporcionar um ensino de qualidade para todos os alunos, entre os quais os que apresentam caraterísticas distintas, alcançando-se assim uma Escola Inclusiva, ou uma Escola para Todos. Com a publicação da Lei nº 85/2009, de 27 de agosto, foi alargado o regime da escolaridade obrigatória até ao 12º ano ou 18 anos de idade, aplicável também aos alunos abrangidos pelo disposto no Decreto-lei nº 3/2008, de 7 de janeiro, assim, os alunos com Necessidades Educativas Especiais veem o seu percurso escolar alargado até ao ensino secundário. A escola que se pretende inclusiva deverá pois ter respostas para receber estes alunos e proporcionar ferramentas adequadas ao seu desenvolvimento e sucesso educativo. O presente estudo procura dar um contributo para uma reflexão sobre a inclusão de alunos com Necessidades Educativas Especiais no ensino secundário pelo grande desafio que a inclusão dos referidos alunos coloca aos docentes e assistentes operacionais, e também à questão física dos edifícios. Temos como propósito observar e compreender as práticas inclusivas num contexto de ensino secundário. Assim, a presente investigação pretende responder à questão: A Escola Secundária de Moura é uma escola inclusiva para os alunos com necessidades educativas especiais? Por conseguinte, desenvolvemos um trabalho de investigação com caráter quantitativo, cuja pesquisa foi suportada na realização de inquéritos por questionário e uma cheklist (grelha de observação), cuja análise descritiva articulada com a componente teórica apresentada nos três primeiros capítulos, pretende responder à questão de partida acima enunciada. Os resultados encontrados levam-nos a concluir que, quer os professores, quer os assistentes operacionais se encontram recetivos à inclusão de alunos com Necessidades Educativas Especiais no ensino secundário, efetuando alterações às suas práticas, métodos, estratégias de ensino e de avaliação, a fim de incluir estes alunos. Verificámos no entanto que estes revelam algumas inseguranças, referindo a necessidade de formação ao nível dos saberes competências e atitudes perante os alunos com necessidades educativas especiais.
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