Redes sociais, sintomas depressivos e qualidade de vida em idosos: resultados de um programa intergeracional

O presente trabalho, realizado no âmbito da Educação para a Saúde e recorrendo a atividades intergeracionais, teve como principais objetivos: 1) Diminuir o isolamento social nos idosos; 2) Diminuir a sintomatologia depressiva nos idosos; 3) Promover uma maior qualidade de vida nos idosos. Participar...

Full description

Bibliographic Details
Main Author: Nascimento, Maria João Santos (author)
Format: masterThesis
Language:por
Published: 2021
Subjects:
Online Access:http://hdl.handle.net/10400.26/34551
Country:Portugal
Oai:oai:comum.rcaap.pt:10400.26/34551
Description
Summary:O presente trabalho, realizado no âmbito da Educação para a Saúde e recorrendo a atividades intergeracionais, teve como principais objetivos: 1) Diminuir o isolamento social nos idosos; 2) Diminuir a sintomatologia depressiva nos idosos; 3) Promover uma maior qualidade de vida nos idosos. Participaram doze idosos a frequentar um Centro de dia (75% do sexo feminino e 25% do sexo masculino) e vinte crianças de Jardim de Infância da mesma instituição dos idosos (65% do sexo feminino e 35% do sexo masculino). O projeto decorreu durante um mês e meio, com duas sessões por semana, perfazendo um total de onze sessões. As sessões duraram entre 30 a 120 minutos. A avaliação foi realizada através da aplicação do protocolo “DepRSQV” contendo: 1) Questionário Socio-demográfico; 2) Escala de Depressão Geriátrica (EDG) (Yesavage et al., 1983; traduzida e adaptada por Pocinho et al, 2009); 3) Escala de Redes Sociais de Lubben, versão portuguesa de Ribeiro et al (2012); 4) Whoqol-old (Power, Quinn, Schmidt & WHOQOL-old Group, 2005) versão Portuguesa: Vilar, Sousa & Simões (2009). Os resultados obtidos indicam que relativamente à sintomatologia depressiva ocorreu uma diferença estatisticamente significativa (p= 0,010), revertendo-se 12,5% dos casos, após a intervenção. No que diz respeito à qualidade de vida após a intervenção, quando comparamos os participantes com e sem depressão, os resultados sugerem que os participantes sem depressão apresentam uma maior qualidade de vida, sendo as diferenças estatisticamente significativas, nas facetas Funcionamento Sensorial (p= 0,003), Autonomia (p= 0,018), Atividades Passadas, Presentes e Futuras (p=0,030) e no valor total da Qualidade de Vida (p= 0,048). Relativamente às redes sociais, os resultados obtidos não foram estatisticamente significativos (p=0,576). Após a análise, concluiu-se que o programa implementado contribuiu para a melhoria da sintomatologia depressiva e da qualidade de vida dos participantes.