| Resumo: | O presente trabalho tem como objetivo estudar as alterações e consequências ocorridas desde 2008, altura em que se declara a crise económica e financeira, com epicentro nos Estados Unidos, e de como os seus efeitos se fizeram sentir nos países da União Europeia, em particular na Irlanda, Grécia, Portugal, Espanha e Itália. Em 2010, com a chegada da crise à Zona Euro, o Governo português foi forçado a pôr em prática medidas de austeridade, mas que não conseguiram resolver a crise financeira instaurada. Deste modo, aquando a análise do pedido de apoio financeiro, feito ao Fundo Monetário Internacional, Banco Central Europeu e Comissão Europeia foi obrigado a implementar medidas, ainda, mais drásticas com reflexo transversal negativo na sociedade. Estas medidas levaram a que um elevado número de pequenas e médias empresas encerrassem as portas originando, assim, um acréscimo significativo do desemprego com consequências sociais e económicas nefastas. Paralelamente e enquadrado na política de austeridade foram, também, os regulamentos que servem de suporte a atribuição de bolsas de estudo no ensino superior, inculcados de medidas restritivas da concessão do apoio social. Nesta circunstância os estudantes oriundos de agregados familiares com menores rendimentos veem-se numa situação de grande dificuldade que em alguns casos leva ao abandono escolar.
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