O estilo de reminiscência nas interações mãe-criança e pai-criança.

Nas últimas décadas, a investigação na área da reminiscência adulto-criança tem-se debruçado, essencial - mente, sobre a forma como as mães conversam sobre eventos passados com os seus filhos. Contudo, mais recentemente, os investigadores têm procurado compreender a importância do pai no desenvolvi...

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Detalhes bibliográficos
Autor principal: Rebelo, Ana Sofia Garcia (author)
Outros Autores: Maia, Joana Branco (author), Gatinho, Ana Rita dos Santos (author), Coelho, Leandra Marques (author), Torres, Nuno (author), Veríssimo, Manuela (author)
Formato: article
Idioma:por
Publicado em: 2017
Assuntos:
Texto completo:http://hdl.handle.net/10400.12/5214
País:Portugal
Oai:oai:repositorio.ispa.pt:10400.12/5214
Descrição
Resumo:Nas últimas décadas, a investigação na área da reminiscência adulto-criança tem-se debruçado, essencial - mente, sobre a forma como as mães conversam sobre eventos passados com os seus filhos. Contudo, mais recentemente, os investigadores têm procurado compreender a importância do pai no desenvolvi - mento da comunicação infantil. O presente estudo explora as diferenças do estilo de reminiscência nas díades mãe-criança e pai-criança, em função do sexo desta. Participaram 79 crianças portuguesas (40 raparigas e 39 rapazes), com uma média de 56.93 meses de idade, e respectivas figuras parentais (mãe, n=75 e pai, n=57), 53 destas tinham dados com as díades mãe e pai. As díades participaram separadamente, numa tarefa de reminiscência sobre três eventos passados partilhados. Investigadores independentes transcreveram as conversas e cotaram o estilo de reminiscência dos pais, das mães e da criança. Os resultados evidenciam que tanto os pais, como as mães não diferem grandemente na forma como falam do passado com as crianças, no entanto as mães utilizam um discurso mais repetitivo do que os pais. As crianças apresentam uma tendência para falar mais com os pais, do que com as mães, independentemente do sexo. Estes dados reforçam a importância do papel do pai como agente de socialização, desde os primeiros anos, promotor da comunicação da criança com o mundo exterior.