Summary: | O modo como os indivíduos habitam os espaços é reflexo de diferentes personalidades assim como da especificidade de cada cultura. Contudo, hoje em dia, esta mescla de culturas e personalidades faz parte integrante da vivência quotidiana na maioria das cidades, fundindo os princípios de habitação contemporâneos em circunstâncias invariavelmente semelhantes, o que as torna mais complexas tanto ao nível da interpretação como da resolução. Enquanto para uns o conceito de habitar está intrinsecamente ligado ao espaço público onde ruas e praças funcionam como extensão da própria casa onde se habita, para outros o habitar implica o domínio do privado logo consubstancia-se em espaços de maior intimidade, ausentes de relação física e/ou visual com o contexto social exterior. Este trabalho de investigação aborda apenas essa forma de habitar mais introvertida testemunhada tipologicamente ao longo dos séculos pela casa-pátio. Assim sendo, os conhecimentos adquiridos à cerca desta tipologia, desde as suas origens mais remotas, vêm potenciar a compreensão de variadas intervenções contemporâneas, intervenções essas que utilizam as motivações passadas da casa-pátio, no sentido de ler e projectar o futuro.
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