Monitorização das comunidades zooplanctónicas de albufeiras: aplicações e perspetivas

Em Portugal Continental o regime de precipitação é irregular. Consequentemente, as reservas de água doce existentes são escassas. Este facto levou à criação de numerosas albufeiras nos principais cursos de água. As albufeiras constituem a principal fonte de água doce para os mais variados fins – aba...

Full description

Bibliographic Details
Main Author: Geraldes, Ana Maria (author)
Other Authors: Silva-Santos, Pedro (author)
Format: conferenceObject
Language:por
Published: 2014
Subjects:
Online Access:http://hdl.handle.net/10198/9569
Country:Portugal
Oai:oai:bibliotecadigital.ipb.pt:10198/9569
Description
Summary:Em Portugal Continental o regime de precipitação é irregular. Consequentemente, as reservas de água doce existentes são escassas. Este facto levou à criação de numerosas albufeiras nos principais cursos de água. As albufeiras constituem a principal fonte de água doce para os mais variados fins – abastecimento urbano, produção de energia hidroelétrica e irrigação. Dada a sua localização privilegiada, muitas funcionam ainda como espaços de recreio e de lazer, durante os meses de Verão. No entanto, estes sistemas são muito sensíveis à degradação ambiental. As comunidades zooplanctónicas têm um papel chave nos lagos e albufeiras devido às interações que estabelecem com os níveis mais baixos e mais elevados das cadeias alimentares. Este papel associado à sua sensibilidade e resposta rápida às variações ambientais tornam-­‐nas boas “sentinelas” de eventuais alterações na qualidade da água e na integridade ecológica das albufeiras. Na presente comunicação são apresentados dois casos concretos que demonstram a importância prática da monitorização das comunidades zooplactónicas para a tomada de decisões de gestão dos sistemas aquáticos. Na Albufeira da Aguieira no âmbito do Processo de AIA do ancoradouro do Resort & SPA Montebelo Aguieira avaliaram-­‐se os impactes previstos decorrentes da instalação desta infraestrutura através da monitorização da comunidade zooplanctónica. No segundo exemplo, foi avaliada a aplicabilidade de modelos dinâmicos na previsão de tendências dos grupos mais abundantes de zooplâncton que ocorrem na Albufeira do Azibo (onde as amostragens decorrem desde o ano 2000). Apesar do carácter preliminar deste estudo, os resultados obtidos são encorajadores, pois parecem demonstrar os padrões de variação das comunidades zooplanctónicas face a cenários de alteração na qualidade da água. Discute-­‐se também a utilidade do desenvolvimento destes modelos, que ao testar cenários de alteração permitem aos decisores desenvolver medidas para evitar ou minimizar impactes sobre estes ecossistemas aquáticos.