| Resumo: | A proporção áurea aplicada à estética dentária baseia-se na largura mesiodistal aparente dos dentes anteriores vistos numa visão frontal. Com base nesta proporção, a largura mesiodistal do incisivo lateral é 61,8% da largura mesiodistal do incisivo central, assim como a largura aparente do canino é 61,8% da largura mesiodistal do incisivo lateral. Assim, a proporção áurea é observada a partir da linha média dentária, desde os incisivos centrais em direção aos dentes posteriores. Neste âmbito, foi realizado um trabalho de investigação “Proporção Áurea em Dentes Anteriores Maxilares - Estudo de uma Amostra Populacional”. Objetivos: 1) Avaliar a prevalência da proporção áurea nos dentes anteriores maxilares em alunos do curso de Medicina Dentária do Instituto Universitário de Ciências da Saúde (IUCS) e em pacientes da Unidade Clínica de Gandra; 2) correlacionar a existência de proporção áurea com o género; 3) comparar entre as hemi-arcadas direita e esquerda da amostra avaliada; 4) validar o método de medição utilizado neste estudo; 5) rever na literatura existente a importância da proporção áurea na Medicina Dentária atual; Material e Métodos: Participaram 100 voluntários, alunos do Mestrado Integrado em Medicina Dentária do IUCS e pacientes da Unidade Clínica de Gandra, com idades compreendidas entre os 20 e os 50 anos. Foram realizadas medições da largura mesiodistal dos elementos dentários do segmento anterior maxilar numa visão frontal, com um compasso de pontas secas e papel milimétrico. A partir dos valores obtidos através das mensurações, foram realizados cálculos para analisar a presença ou ausência de proporção áurea. Foi realizada ainda uma pesquisa bibliográfica, entre os anos de 1973 e 2016, através do motor de busca da Google. As respetivas bases de dados utilizadas foram, Researchgate, PubMed e SciELO; tendo sido efetuada a busca com as seguintes palavras-chave: “dentisteria”, “estética dentária”, ”sorriso”, “proporção áurea”. Discussão: Não foi verificada a presença de proporção áurea entre todos os dentes anteriores maxilares em nenhum dos indivíduos analisados. Porém, quando analisada a relação em segmentos isolados, obtiveram-se resultados que puderam ser enquadrados na proporção áurea. Conclusão: Após a análise dos resultados do presente estudo, concluiu-se que a proporção áurea não é aplicável à maior parte da população, sendo apenas um referente teórico
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